Filme denuncia calor em duas escolas de Cuiabá

 

A ideia surgiu de uma reunião entre representantes do grêmio estudantil das duas escolas, que estão entre as maiores e mais bem estruturadas de Cuiabá. A mobilização começou dentro das escolas e foi parar nas redes sociais. 

 

O estudante Caio Bertoni, 17 anos, cursando o 2º ano do ensino médio, é um dos idealizadores do documentário, que foi postado no site Youtube relatando que os aparelhos foram instalados em fevereiro deste ano e nunca funcionaram. 

 

Caio pediu a ajuda de um amigo publicitário com experiência em vídeos. Juntos, eles foram até os colégios para gravar as imagens e entrevistar os estudantes. Nas entrevistas, os colegas reclamam do calor nas salas de aula. 

 

"A direção fez uma pressão e não autorizou a gravação, mas no vídeo não citamos o nome da instituição e censuramos os uniformes", lembra. 

 

"Compartilhei o vídeo em várias redes sociais, já que é um meio muito utilizado pelos jovens e de grande alcance. Está no Facebook, Twitter e Whatsapp", disse. Até a tarde de ontem o vídeo tinha 640 visualizações e mais de 200 compartilhamentos. 

 

No Médici, Thayná Brito Ferreira, de 16 anos, aluna do 1º ano do ensino médio, diz que não encontrou nenhuma restrição, e que o filme está tendo o apoio da direção do colégio. 

 

Segundo a estudante, uma reunião foi feita com engenheiros da Seduc para decidir o que seria feito, uma vez que o colégio não possuía instalação elétrica. A situação é a mesma no Liceu Cuiabano. 

 

"A reunião aconteceu há quatro meses e o engenheiro disse que em 75 dias a instalação estava pronta, mas até agora nada aconteceu", relata a estudante. Uma manifestação está marcada para hoje na Praça Alencastro. 

 

OUTRO LADO - A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que já repassou para as escolas os valores relacionados ao Programa Dinheiro na Escola (PDE) Climatização, voltado para a melhoria das instalações elétricas e funcionamento dos condicionadores de ar. 

 

O diretor do Liceu Cuiabano, Alceu Trentin, confirmou o recebimento da verba e que dentro de alguns dias uma empresa dará início aos trabalhos. 

 

A reportagem entrou em contato com a direção da escola Presidente Médici, mas não houve retorno. (YR)