Dadá foi preso pela Polícia Federal em fevereiro durante a operação Monte Carlo. Ele é acusado de ser um espião que atuava com grampos ilegais a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que está detido na penitenciária da Papuda, em Brasília.
Informante
Mais cedo nesta segunda, em visita ao Comar antes da liberação de Dadá, o advogado Leonardo Gagno, que representa o ex-sargento, admitiu que o cliente prestava serviços de informante para o bicheiro preso Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar esquema de jogos ilegais e corrupção. Gagno, no entanto, negou que ele fizesse algo ilegal na função.
"O que foi encontrado nos áudios era que ele [Dadá] recebia R$ 5 mil pelos serviços. Ele era o informante. Ele sempre prestou serviço ao Cachoeira, de busca de informações, mas nunca foi um serviço ilegal", afirmou.
Leonardo Gagno ainda disse que Dadá não recebeu proposta de delação premiada da Justiça para que pudesse deixar a prisão. Nesse tipo de acordo, o acusado recebe a garantia de que poderá diminuir a pena, caso condenado, se contribuir com as investigações.
"Nunca houve nenhuma proposta para que ele delatasse ninguém. De forma alguma ele [Idalberto] iria aceitar. Ele vai para casa agora, ficar com a família", disse o advogado.
O advogado chegou ao Comando da Aeronáutica, onde Dadá está detido, por volta das 20h. Por volta das 20h10, uma oficial de Justiça chegou ao local trazendo a decisão judicial que garante liberdade ao acusado. O processo da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Idalberto, tramita na Justiça Federal de Goiânia.
O advogado defendeu a decisão do TRF de soltar Dadá e criticou o juiz que determinou a prisão em fevereiro. "O juiz de Goiânia não sustentou, com fatos concretos, a necessidade de o Idalberto permanecer preso", afirmou o advogado.
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