Após bate-boca, Pedro Taques recebe apoio de parlamentares
Após bate-boca com o deputado Silvio Costa (PTB-PE) na CPI do Cachoeira, o senador Pedro Taques (PDT-MT) recebeu no plenário do Senado apoio de diversos colegas de diferentes partidos.
Da tribuna, a senadora Ana Amélia (PP-RS) foi a primeira a falar sobre episódio do desentendimento entre Costa e Taques ocorrido horas antes na CPI.
"Não podemos aceitar agressões de baixo calão, baixo nível de quem quer que seja especialmente partido da representação popular. Me solidarizo com o senador Pedro Taques", afirmou a senadora.
Em seguida o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) tomou a palavra e também veio em defesa do senador Pedro Taques. "É um dever moral nosso nessa tarde externar um sentimento que, tenho certeza da ampla maioria, se não de todos os membros do Senado, nossa total solidariedade e desagravo ao senador Pedro taques".
Os discursos a favor de Taques também foram feitos pelos senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e pelo líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), que considerou as agressões de Silvio Costa como "despropositadas".
A reação dos senadores ocorre poucas horas depois de Silvio Costa xingar Pedro Taques na CPI do Cachoeira. O bate boca ocorreu após o senador Demóstenes Torres (ex-Dem-GO) recorrer ao preceito constitucional de permanecer calado durante a sessão realizada hoje.
Na ocasião, Demóstenes alegou ainda que já tinha dado todas as explicações sobre o envolvimento com o empresário Carlos Cachoeira no Conselho de Ética, na última terça-feira (29).
O pedido de permanecer em silêncio foi acatado pelo presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), mas a postura de Demóstenes foi criticada por Silvio Costa.
"Vossa Excelência passou cinco horas e não conseguiu se explicar ao país. O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Ele escreve em letras garrafais: eu, Demóstenes Torres, sou sim membro da quadrilha do senhor Cachoeira, sou sim o braço legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira."
O deputado continuou a se dirigir a Demóstenes até ser interrompido por uma questão de ordem de Pedro Taques, que pediu o encerramento da sessão imediatamente.
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