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Politica Brasil
Quinta - 31 de Maio de 2012 às 04:51

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Além da convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, a CPI do Cachoeira também aprovou nesta quarta-feira a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e dos e-mails de uma empresa que tem entre seus sócios o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende dois investigados pela comissão.

A Data Traffic recebeu do governo federal R$ 30 milhões entre 2010 e 2012, em contratos com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na área de fiscalização eletrônica nas estradas.
 

José Cruz/Divulgação/Agência Senado
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay (à esq.)acompanha Demóstenes no Senado
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay (à esq.), acompanha Demóstenes Torres no Senado



Em diálogos interceptados pela Polícia Federal, a empresa foi citada várias vezes por integrantes do esquema de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Por requerimento do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), a empresa teve seus sigilos quebrados nos últimos dez anos.

"A empresa tem ligação com várias lideranças de Brasília", diz o deputado, no requerimento.

Diretores da empresa participaram de uma série de reuniões com membros para discutir a formação de um consórcio interessado em ganhar um contrato no governo de Goiás.

Em conversa entre Cachoeira e Wladimir Garcez, apontado pela PF como braço político do esquema, em 5 de maio de 2011, eles combinam que a Data Traffic será a líder do consórcio, com 39%, a Delta terá 36% e os demais 25% ficariam divididos entre duas empresas.

"Wladimir sugere que se Carlinhos quiser e achar que tem clima, pode interceder junto ao governador [de Goiás, Marconi Perillo] para pedir para a Delta ser a líder no contrato", escreveu a PF em seu relatório.

Kakay disse que tem "apenas" 7% da empresa e que colocou sua cota à venda no ano passado. "Nunca fui a sede da empresa. É apenas um investimento." O irmão de Kakay, Marcos de Almeida Castro, também é sócio da empresa.

Amigo de petistas como o ex-ministro José Dirceu, Kakay é advogado de dois investigados pela CPI do Cachoeira: o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB).
Acusados pela PF de colaborarem com negócios ilegais de Cachoeira.

Kakay também é advogado de Carolina Dieckmann no caso da divulgação de fotos íntimas da atriz.






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