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Politica Brasil
Quarta - 30 de Maio de 2012 às 21:29

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Os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), serão obrigados a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as relações criminosas de Carlinhos Cachoeira. Depois de acirrados debates, a convocação de ambos foi aprovada na tarde desta quarta-feira (30).

O senador Pedro Taques foi um dos parlamentares que defendeu a ida de três governadores à CPI, no entanto, teve o voto vencido no requerimento para a convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Por 17 votos a 11, o peemedebista ficou de fora. Antes da votação, o mato-grossense questionou os parlamentares sobre a morosidade na apreciação desses e outros requerimentos.

"Estamos discutindo aqui se tornamos essa CPI uma farsa ou não. Estamos enrolando sobre a vinda dos governadores. Cada um que assuma a sua responsabilidade pelo voto. Queremos a verdade", frisou Pedro Taques.

O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG) chegou a propor novo adiamento da decisão, mas não teve a sugestão acolhida. Contrário à sugestão, o senador de Mato Grosso assinou requerimento pedindo celeridade na apreciação dos requerimentos dos governadores. Assim, a ida de Perillo à CPI foi aprovada de maneira unânime. Já em relação a Agnelo, 16 parlamentares foram a favor e 12 se manifestaram contra.

Os que votaram pela exclusão do governador do Rio alegaram que ainda há poucos indícios do envolvimento dele com Carlinhos Cachoeira. Nessa visão, seria necessário analisar os dados sigilosos da construtora Delta em posse da CPI para então verificar se há ligação entre Cabral e o chefe de um esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência que tinha a Delta como um de seus pilares.

Para Pedro Taques, a participação dos governadores incrementaria os trabalhos da CPI, sem ofender nenhum princípio federativo.

Acusações - Os três governadores são acusados de terem proximidade ou envolvimento com Carlinhos Cachoeira ou integrantes de sua rede criminosa. Após a divulgação de imagens, no mês passado, de uma viagem a Paris, Sérgio Cabral reconheceu ser amigo de Fernando Cavendish, dono da Delta, empresa acusada de participação no esquema do bicheiro, e que segundo a imprensa tem contratos de cerca de R$ 1,4 bilhão com o estado do Rio de Janeiro.

Contra Marconi Perillo pesam acusações de que ele permitiria a influência de Cachoeira na nomeação de funcionários para a administração estadual. Já no caso do governo do DF, há denúnciasde que Cachoeira era favorecido em licitações de contratos de limpeza urbana.






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