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Politica Brasil
Quarta - 30 de Maio de 2012 às 03:37

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O inquérito aberto pela Polícia Civil em fevereiro para investigar a quebra de dados cadastrais telefônicos de autoridades do governo do Distrito Federal (GDF) apontou que cerca de 300 pessoas - entre secretários de Estado, deputados distritais e, inclusive o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) - tiveram seus sigilos telefônicos cadastrais violados. "O governo foi vítima de uma indústria criminosa e informal de bisbilhotagem que teve acesso a dados cadastrais de telefonemas feitos por membros do Poder Executivo", disse o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. As informações são da Agência Brasília.

A violação teria ocorrido quando uma pessoa se fez passar por servidor do governo, entrou em contato com a operadora e trocou a senha de acesso aos dados. Com as informações, o criminoso obteve os nomes dos proprietários das linhas, o tempo dos telefonemas, horários e números de origem e destino.

"Com esse procedimento criminoso, ele conseguiu quebrar os dados cadastrais. Quanto ao conteúdo, não há como afirmar se houve quebra. A nossa expectativa é de que isso não tenha acontecido", afirmou o secretário.

As ligações vêm sendo acessadas desde o final de dezembro do ano passado, de acordo com as investigações. Em fevereiro de 2012, a operadora detectou o problema e interrompeu a prática criminosa. Desde então, foi instaurado o inquérito. A investigação está sob responsabilidade do delegado Vicente Paranaíba, da Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap).

Segundo o secretário Sandro Avelar, a polícia agora quer saber se a pessoa atuou sozinha ou se participa de algum grupo. "Podemos esperar desse inquérito uma condução bem feita pela Polícia Civil, apurando de maneira responsável e que, em breve, tenhamos outros resultados", disse Avelar. De acordo com o secretário, os envolvidos podem responder por crimes de falsidade e de violação de dados cadastrais.

CPI da Arapongagem
A Câmara Legislativa do Distrito Federal instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arapongagem, que irá investigar casos de escutas ilegais. A CPI foi aprovada com a assinatura de nove deputados, sendo que o número mínimo era de oito parlamentares.

A comissão vai investigar grampos ilegais feitos por arapongas no DF entre 2006 e 2012. Segundo informações divulgadas na imprensa, parte dos grampos foi feita pela Casa Militar do Distrito Federal.

O governador Agnelo Queiroz criou um grupo especial de delegados da Polícia Civil para investigar os casos de escutas ilegais. Ao final dos trabalhos, a comissão deverá apresentar um relatório ao governador.

Fazem parte da comissão os deputados Chico Vigilante (PT), Luzia de Paula (PPS), Celina Leão (PSD), Siqueira Campos (PSC) e Cristiano Araújo (PTB).





Fonte: Terra

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