Enquanto no Brasil passam a noite de domingo e a madrugada e manhã de segunda-feira, uma estreita faixa que começa nos Estados Unidos e termina na Ásia vai ver um tipo eclipse solar "diferente". A Lua estará a uma distância tal da Terra que não conseguirá bloquear totalmente os raios vindos do Sol, que formarão um anel - é o chamado eclipse anular.
Durante o fenômeno, a Lua estará no ponto mais distante da Terra - curiosamente, dias atrás ocorre o fenômeno oposto, a "Superlua", quando o satélite estava no ponto mais próximo -, o que impede que bloqueie por completo os raios solares e cause um eclipse total. Fora da faixa que cruza o oceano, uma região bem maior vai poder observar o eclipse parcial - Leste asiático, norte do Pacífico, América do Norte e Groenlândia.
No caminho do eclipse anular, os cerca de 35 milhões de moradores da região de Tóquio (80 milhões em todo o Japão) estão animados para observar o raro fenômeno. Óculos e binóculos especiais (já que é perigoso olhar a olho nu) invadiram as lojas. As TVs vão exibir ao vivo. Contudo, a previsão do tempo indica que os japoneses podem acabar decepcionados, já que as nuvens podem atrapalhar o espetáculo.
As agências espaciais americana (Nasa) e japonesa (Jaxa) se uniram para registrar o fenômeno e vão disponibilizar imagens e vídeos com o telescópio de raio-X Hinode. Segundo a Nasa, o equipamento deve ser capaz de registrar até mesmo os picos e vales da superfície lunar.
Somente o Hemisfério Norte poderá ver a Lua cobrir os raios do Sol. Contudo, o próximo eclipse total - em novembro deste ano - poderá ser visto na metade sul do planeta - infelizmente, não no Brasil.
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