Manifestantes fazem novo "esculacho" contra acusados de tortura
No Guarujá, cerca de 100 pessoas, de acordo com os organizadores, participaram do ato em frente à casa do tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima.
Em depoimento à Justiça Militar em 1970, a presidente Dilma Rousseff o apontou como torturador.
Em novembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo) decidiu que Lima não poderia ser mais condenador por entender que seus supostos crimes já prescreveram.
No Rio de Janeiro, cerca de 50 pessoas, segundo o movimento, fizeram o protesto em frente à casa do general da reserva José Antônio Nogueira Belham. Ele era chefe do DOI-CODI do Rio, quando o deputado Rubens Paiva desapareceu em 1971.
Em Belo Horizonte, cerca de 100 jovens fizeram um "esculacho" em frente à casa de João Bosco Nacif da Silva, médico-legista da Policia Civil durante a ditadura.
Em março, o mesmo grupo fez protestos em frente às casas ou aos locais de trabalho de civis e militares em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Belém e Fortaleza.
Os organizadores afirmam não ter filiação partidária e se apresentaram como integrantes do Levante Popular da Juventude, grupo ligado ao movimento pela reforma agrária Via Campesina.
As ações foram organizadas em segredo e se inspiraram nos "escrachos", protestos semelhantes realizados no Chile e na Argentina.
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