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Quinta - 10 de Maio de 2012 às 10:34

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“São notáveis os avanços relacionados à Perícia Criminal no Brasil, obtidos nos últimos anos. Mas é importante salientar que ainda há um longo caminho a trilhar, e o investimento nesse trabalho só trarão benefícios à população”. Foi em torno deste pensamento que tiveram início as atividades do IV Seminário Nacional de DNA e Laboratório Forense em Cuiabá, nesta quarta-feira, 09 de maio.

Os primeiros minutos foram marcados pela notícia de que dois peritos criminais, entre outras 6 vítimas, morreram em um acidente na última terça-feira (08), durante o trabalho realizado no interior de Goiás. Depois das homenagens, o presidente do Sindicato os Peritos Criminais de Mato Grosso (Sindpeco/MT), Márcio Godoy, saldou a todos e falou sobre a necessidade da realização de novos concursos para peritos criminais, pois a demanda atual, no estado e em todo o país, de modo geral, permanece muito aquém do necessário.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Iremar Paulino da Silva, a Perícia ainda é vista como “a prima pobre” dentro das políticas de Segurança Pública. “Dizem que a Perícia serve apenas para servir os magistrados”, falou aos ouvintes, acrescentando que isso se deve a opositores políticos.

O perito Humberto Pontes, diretor do Instituto de Perícia Criminal da Paraíba, perguntou se algum dos profissionais presentes recebeu algum incentivo do Poder Público para participar do Seminário. “Esse evento não vem tratar de política. Ele vem tratar de ciência, de técnicas que beneficiam a população. Deveria ter o apoio do Governo. Isso é obrigação do Estado, mas ninguém faz”.

O laudo pericial é a única ferramenta científica capaz de comprovar os fatos ocorridos em casos como estupros, assassinatos, práticas de pedofilia, atentados contra o meio ambiente e ao patrimônio público, falsificações de remédios ou documentos, entre outras coisas. É somente ele que fornece sustentação técnica, por meio de estudos em laboratórios, às sentenças jurídicas emitidas pelos juízes de Direito.

Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante dos Santos, há previsão de concurso para a área, com nomeação de cem novos peritos. Além disso, segundo ele, os investimentos na Perícia de Mato Grosso colocou o Laboratório Forense do estado entre um dos mais bem estruturados do país. 

Após a abertura oficial, os participantes, que vieram de várias regiões do país, acompanharam uma bela apresentação de Siriri e Cururu, feita pelo grupo São Gonçalo Beira Rio.

“A apresentação foi muito bonita, muito interessante! É uma bela dança de raiz, e o que me chamou bastante a atenção foi a alegria dos dançarinos”, comentou a perita paraense Edêmia Nuayed. Ela afirmou que o estilo a lembrou o carimbo, dança típica do Pará.

Depois disso as atividades seguiram de acordo com a programação, com exposição dos palestrantes Marcos Passagli (Recomendação da ONU para prestação de serviços Forense no país - eventos esportivos copa e Olimpíadas), Diana Brito da Justa Neves (Falsificação de Medicamentos), Cláudio Teruo Miguita (Identificação de substância adesiva em lacres adulterados de botijões de gás utilizando Espectroscopia por Infravermelho com Transformada de Fourier), Dave Oehler (Forensic Workflow Validation: Legal Aspects, International Accreditation and Solutions) e Ludimila Rodrigues Borges (Soluções Promega para análise de STRs: Novos Sistemas Powerplex).

Também participaram da mesa de abertura a diretora metropolitana de Criminalística, Rosana Monteiro, o presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal (ABML), Antônio Queiroz, o coordenador regional da Politec em Mato Grosso, Clodoaldo Queiroz e o representante do Laboratório Central de Criminalística de Angola, José Zinga.






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