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De acordo com o ex-diretor do Dnit, a decisão aconteceu “por motivos óbvios”. Semana passada, ele afirmou que deputado Wellington Fagundes agiu em favor da Delta
Pagot se desfilia do Partido da República
O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, protocolou no início da tarde de ontem (23) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sua desfiliação do Partido da República (PR).
“Eu não posso continuar no mesmo partido que os deputados Valdemar Costa Neto e Wellington Fagundes, por motivos óbvios”, disse brevemente. O mesmo documento também foi entregue ao diretório municipal da legenda.
Os parlamentares são acusados por Pagot de ter agido em favor da empreiteira Delta Construções e ainda pedido “sua cabeça” ao então ministro dos Transportes, senador Alfredo Nascimento (PR). Tudo isso porque o ex-republicano não atendeu aos interesses da empresa.
Segundo o ex-diretor, Wellington pressionou o departamento para diminuir a cobrança sobre a qualidade da obra no trecho da BR-163 (Serra de São Vicente), que estava com camadas de concreto fora das especificações.
Presidente estadual do PR, Fagundes, por sua vez, negou ter pressionado o órgão para diminuir o rigor na fiscalização, mas confirma que cobrou por várias vezes a conclusão das obras. “Sempre atuei em prol do Estado e da população”, disse em nota, na semana passada.
O suposto envolvimento dos republicanos com a Delta foi denunciado por Pagot em entrevista à revista Época.
A denúncia veio a público na mesma semana em que Wellington foi indicado pelo partido para ocupar o cargo de secretário-extraordinário da Copa do Mundo de 2014 no lugar de Eder Moraes, exonerado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) no início da semana passada.
A empreiteira é, hoje, uma das principais suspeitas da operação ‘Monte Carlo’, deflagrado pela Polícia Federal, além de ser o principal alvo da Comissão Parlamentar Mista de inquérito (CPMI), instalada para investigar o envolvimento de agentes públicos e privados com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o ‘Carlinhos Cachoeira’.
Desta forma, por conta de suas declarações, Pagot deve ser um dos intimados a prestar esclarecimento na CPMI.
Segundo ele, caso seja convocado, irá falar tudo que sabe em relação às denúncias de corrupção (ver matéria abaixo) dentro da cúpula do Ministério dos Transportes e do Dnit, bem como o envolvimento de membros do PR com a Delta.
A Delta Construções foi a empresa que mais faturou junto ao governo federal entre os anos de 2009 e 2011. Ela teve o Dnit como principal cliente. A empresa superou o lucro, não apenas de gigantes da construção, como a Camargo Corrêa e Odebrecht, como da Petrobras.
Mesmo sem filiação política, o ex-republicano afirma que, pelo menos por enquanto, não pretende buscar outra sigla, e ainda descarta a possibilidade de assumir cargos públicos.
“Eu não posso continuar no mesmo partido que os deputados Valdemar Costa Neto e Wellington Fagundes, por motivos óbvios”, disse brevemente. O mesmo documento também foi entregue ao diretório municipal da legenda.
Os parlamentares são acusados por Pagot de ter agido em favor da empreiteira Delta Construções e ainda pedido “sua cabeça” ao então ministro dos Transportes, senador Alfredo Nascimento (PR). Tudo isso porque o ex-republicano não atendeu aos interesses da empresa.
Segundo o ex-diretor, Wellington pressionou o departamento para diminuir a cobrança sobre a qualidade da obra no trecho da BR-163 (Serra de São Vicente), que estava com camadas de concreto fora das especificações.
Presidente estadual do PR, Fagundes, por sua vez, negou ter pressionado o órgão para diminuir o rigor na fiscalização, mas confirma que cobrou por várias vezes a conclusão das obras. “Sempre atuei em prol do Estado e da população”, disse em nota, na semana passada.
O suposto envolvimento dos republicanos com a Delta foi denunciado por Pagot em entrevista à revista Época.
A denúncia veio a público na mesma semana em que Wellington foi indicado pelo partido para ocupar o cargo de secretário-extraordinário da Copa do Mundo de 2014 no lugar de Eder Moraes, exonerado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) no início da semana passada.
A empreiteira é, hoje, uma das principais suspeitas da operação ‘Monte Carlo’, deflagrado pela Polícia Federal, além de ser o principal alvo da Comissão Parlamentar Mista de inquérito (CPMI), instalada para investigar o envolvimento de agentes públicos e privados com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o ‘Carlinhos Cachoeira’.
Desta forma, por conta de suas declarações, Pagot deve ser um dos intimados a prestar esclarecimento na CPMI.
Segundo ele, caso seja convocado, irá falar tudo que sabe em relação às denúncias de corrupção (ver matéria abaixo) dentro da cúpula do Ministério dos Transportes e do Dnit, bem como o envolvimento de membros do PR com a Delta.
A Delta Construções foi a empresa que mais faturou junto ao governo federal entre os anos de 2009 e 2011. Ela teve o Dnit como principal cliente. A empresa superou o lucro, não apenas de gigantes da construção, como a Camargo Corrêa e Odebrecht, como da Petrobras.
Mesmo sem filiação política, o ex-republicano afirma que, pelo menos por enquanto, não pretende buscar outra sigla, e ainda descarta a possibilidade de assumir cargos públicos.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/53613/visualizar/
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