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Politica Brasil
Segunda - 23 de Abril de 2012 às 08:02

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O deputado federal e pré-candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, aumentou ontem seu poder dentro do partido. Chalita foi eleito presidente do PMDB paulistano numa convenção municipal de chapa única, formada por peemedebistas indicados pela cúpula partidária que o apóia. Ao mesmo tempo, o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Bebetto Haddad, foi excluído da comissão executiva. Indicado pelo PMDB para cargo na Prefeitura, Bebetto defendeu a manutenção da aliança com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).


A convenção precisou ser validada, porque só havia uma chapa. Os delegados zonais do partido deram 124 votos a favor de 126 no total (fora um branco e um nulo). Chalita foi então aclamado pelos delegados presentes.

O resultado da votação foi anunciado pelo presidente estadual do PMDB, deputado estadual Baleia Rossi, logo após o meio dia. Pouco divulgada, a reunião chegou a ser apelidada de "convenção relâmpago" por peemedebistas descontentes, por causa da curta duração - apenas duas horas. Como o estadão.com.br informou anteontem, a cúpula do PMDB paulistano tentava esconder a realização da convenção, para evitar desgaste público com o grupo dissidente.

Chalita e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), fizeram questão ontem de mostrar que o partido está "absolutamente unido". Ambos minimizaram divergências internas. Mas Chalita também pregou a renovação política.

"Quero saudar o PMDB do Temer que com muita elegância está nos ajudando a trazer novas lideranças. Quero saudar os novos peemedebistas que estão vindo para o PMDB com esse grande trabalho do Baleia pelo Estado de São Paulo e também pelo Brasil, com o trabalho do (Valdir) Raupp... Apesar das dificuldades da política, é necessário que novas pessoas surjam na política para que a gente cuide das pessoas que mais precisam", disse Chalita em discurso com tom de palanque.

Segundo Chalita, a cúpula da legenda tentou valorizar as lideranças dos diretórios zonais na composição dos 45 membros do diretório: "Tentamos valorizar quem agrega mais para o PMDB. Não tem foco de resistência, nem divergência nenhuma."

Último presidente do PMDB paulistano eleito por voto direto e secreto até a convenção de ontem, Bebetto Haddad permanece como um dos 45 membros do diretório municipal. Mas só por exigência do estatuto do partido - que reserva vaga ao ex-presidente. Outros peemedebistas da ala do ex-governador Orestes Quércia que participaram da aliança com Kassab na eleição de 2008 foram tirados do diretório. Eles já haviam perdido espaço para o grupo de Temer e Chalita no PMDB depois da morte de Quércia, em 2010. Bebetto, no entanto, ainda terá direito a voto na convenção de junho, quando a candidatura de Chalita à sucessão de Kassab precisará ser homologada.

Com a eleição de um diretório pró-Chalita, o pré-candidato ganhou força política e segurança na presidência para a convenção de junho. Todos os 45 membros terão direito a voto, ao lado dos delegados zonais.

Chalita ocupava a presidência provisória da comissão executiva do diretório municipal do PMDB. Ele conseguira o posto ao ingressar no partido, no ano passado, pela influência de Michel Temer - que preside o PMDB nacional. Temer prometera a Chalita que daria a ele a candidatura a prefeito nas eleições de outubro. E ainda pediu a Bebetto Haddad que renunciasse à presidência do partido em favor de Chalita.

Bebetto sofreu pressão de Temer para deixar o cargo na Prefeitura, mas rejeitou a ideia de sair. Ele não participará da campanha de Chalita, mas disse ter liberado delegados mais próximos a ele para votar em Chalita nos pleitos internos do partido.






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