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Politica Brasil
Domingo - 22 de Abril de 2012 às 08:19

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A luta interna das correntes do PT para controlar o mais importante cargo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira emperrou a escolha do relator. Dois grupos de petistas estão se digladiando pelo cargo: o do ex-líder Cândido Vaccarezza (SP) e o dos deputados Odair Cunha (MG) e Paulo Teixeira (SP). O presidente da CPI já está escolhido. Será o senador Vital do Rego (PMDB-PB).

O favorito pela corrida rumo à relatoria da CPI ainda é Odair Cunha. Além do respaldo dos líderes do governo, Arlindo Chinaglia (SP), e do PT, Jilmar Tatto (SP), e da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o petista mineiro também conta com a simpatia da presidente Dilma Rousseff. Bem diferente de Vaccarezza que, segundo interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria tido o nome vetado pela própria Dilma, a quem serviu como líder até março.

Além de Lula, o nome do ex-líder do governo tem também o apoio do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do ex-ministro José Dirceu.

Jilmar Tatto tentará nas próximas 48 horas chegar a um consenso em torno do nome do relator da CPI, que tem a primeira reunião marcada para quarta-feira, dia 25. Publicamente, a guerra das facções petistas e a interferência de Lula e de Dilma na composição da CPI são negadas pela cúpula petista.

Apesar das divergências internas, a cúpula petista está certa de quem for escolhido como relator agirá com "responsabilidade", independente do grupo que sair vitorioso. Essa é a aposta dos que defendem Vaccarezza como relator da CPI. Seu nome enfrenta as maiores resistências na bancada por seu estilo bateu levou, que é encarado por alguns petistas como nocivo aos trabalhos da investigação parlamentar. Existe ainda o temor de que ele esteja magoado com a forma como foi demitido da liderança do governo e acabe se vingando na CPI.

Não é à toa que a disputa pelo cargo de relator acirra os ânimos petistas. O escolhido para conduzir as investigações sobre as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, terá o poder de definir o roteiro de trabalho de toda a apuração, além de estabelecer os limites e prioridades de depoimentos e das quebras de sigilo bancário, telefônico e fiscal dos suspeitos.





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