Pressionado pela escalada da violência que atinge Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o governo do Estado resolveu adotar uma série de medidas de urgência. A primeira foi reforçar o policiamento da cidade com 122 policiais militares e 22 viaturas, mas também serão criadas, nos próximos dez dias, duas companhias destacadas, cada uma com cerca de 100 homens, para atuar em comunidades problemáticas do município - o Morro do Cavalão e o Morro do Estado.
"A PM possui uma experiência de sucesso com a atuação de Companhias Destacadas, que já atuam em Macaé (comunidades de Nova Holanda e Malvinas) e nas comunidades cariocas da Camarista Méier e Morro Azul e no bairro de Vista Alegre", destacou a Secretaria de Segurança do Estado, em nota oficial. "Em todos os casos, esse policiamento tem assegurado a segurança dessas comunidades, através de um policiamento local mais focado nos problemas da região."
A secretaria vai reforçar o patrulhamento ostensivo na cidade com o chamado "Projeto Garupa", que vai contar com 33 motos e 44 soldados. No fim do mês, entra em funcionamento um convênio com a prefeitura municipal para que outros 100 soldados recebam horas extras para trabalhar durante suas folgas. O 7º Batalhão da PM, no vizinho município de São Gonçalo, também está recebendo nos próximos dias um reforço de 50 policiais, garante a Secretaria de Segurança.
A delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, determinou que as cinco delegacias de Niterói redobrem seus trabalhos de investigação sobre os crimes praticados na cidade, de forma a prender, no menor espaço de tempo, os criminosos que atuam na região.
Niterói é a cidade com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado do Rio de Janeiro, mas tem sofrido com a violência desde que criminosos fugitivos das áreas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na capital fluminense tomaram os principais morros do município. Há dois dias, um policial militar foi morto por bandidos quando tentou evitar um assalto a um posto de gasolina.
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