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Politica Brasil
Terça - 10 de Abril de 2012 às 14:17
Por: ANDRÉIA SADI

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Na tentativa de convencer o STF (Supremo Tribunal Federal) a repassar informações do processo sobre o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o PT no Senado levantou ofícios encaminhados ao Conselho de Ética da Casa na época do processo que tinha como alvo o ex-senador Luiz Otávio (PMDB-PA), em 2001.

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), vai discutir a questão com a bancada na tarde de hoje.

Segundo ele, tanto a Procuradoria-Geral da República quanto o Supremo encaminharam informações sigilosas para o colegiado na época.

O PT pressiona por investigações contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM), citado na Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Ontem, o STF comunicou ao Senado que não irá repassar informações sobre o caso Cachoeira à Casa.

CPI

O PT anunciou ontem que vai tentar instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar o envolvimento de Demóstenes no esquema de exploração de jogo ilegal no país desmontado pela PF.

Segundo o senador Vital do Rego (PMDB-PB), corregedor do Senado, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, negou o pedido para o envio do inquérito ao argumentar que somente uma CPI poderia ter acesso ao seu conteúdo --por estar em segredo de Justiça.

As gravações interceptadas pela Polícia Federal que flagraram conversas entre Demóstenes e Cachoeira seriam, na opinião de Pinheiro, o instrumento necessário para o Senado investigar se o ex-líder do DEM deve perder o mandato. O Conselho de Ética não tem poderes de investigação como uma CPI.

Para que a Comissão Parlamentar de Inquérito seja instalada, são necessárias assinaturas de 27 senadores. Na Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) também coleta assinaturas para tentar instalar CPI semelhante na Casa.






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