Universidade de AL para após fuga de presos e tiroteio no campus

Professores e estudantes do campus avançado da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), em Arapiraca (102 km de Maceió), fizeram uma paralização nesta terça-feira para pressionar o governo a desativar o presídio localizado ao lado da universidade.

Ontem (2), durante uma fuga de presos, houve troca de tiros dentro do campus, o que provocou pânico entre os estudantes e professores.

Testemunhas disseram que agentes penitenciários que perseguiam os presos em fuga trocaram tiros com pessoas que davam cobertura à fuga.

Ninguém ficou ferido, mas há marcas de tiros nas paredes de uma sala de aula.

O reitor da Ufal, Eurico Lôbo, disse que não é a primeira vez que detentos fogem do presídio, pulam o muro da universidade e usam o campus como rota de fuga.

Segundo Lôbo, já há uma negociação entre a universidade e o governo estadual para transferir o presídio para outro local. Pelo acordo, a unidade prisional já deveria ter sido fechada no mês passado. A transferência, no entanto, segundo o reitor, está suspensa por uma liminar da Justiça.

O reitor disse que a universidade não está pedindo ao governo o aumento do policiamento nem a presença da Polícia Militar no campus, mas a transferência da unidade prisional.

Lôbo se reuniu ontem à tarde com o governador de Alagoas em exercício, Thomaz Nonô (DEM), para pedir agilidade do Estado na transferência do presídio.

"Precisa uma agilização do governo e do município de Arapiraca", disse. Segundo ele, a Prefeitura de Arapiraca ficou de apresentar locais para a construção da nova unidade.

Hoje à tarde, o governador se reúne novamente com representantes da reitoria e dos alunos para discutir a questão. O governo do Estado ainda não se manifestou.

O campus avançado da Ufal em Arapiraca foi fundado há seis anos, oferece 14 cursos de graduação e um de pós-graduação e tem atualmente mais de 3.000 alunos.