Preços de ovos de Páscoa têm alta de quase 9% em 12 meses; compare

Produto mais típico da época de Páscoa (ao lado dos pescados), o ovo de chocolate subiu 8,96% entre fevereiro e março deste ano na comparação com igual período de 2012, mostram dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fundação Getúlio Vargas.

O reajuste supera a inflação média em 12 meses acumulada entre abril de 2011 e março de 2012, que está em 5,47% --período no qual cairá o feriado, que em 2011 ocorreu em março.

Segundo a FGV, em São Paulo os ovos de Páscoa subiram 11,96%. O maior aumento médio ocorreu em Recife, onde o produto subiu 12,55%. Já o Rio de Janeiro registrou o reajuste mais brando: 6,88%.

A FGV ressalta que, como a Páscoa caiu em abril, os consumidores tiveram mais dinheiro no bolso para consumir produtos típicos do período. É que a mudança de calendário distanciou a Páscoa dos gastos típicos do início de ano, como material escolar, IPTU e IPVA.

Segundo André Braz, economista da FGV, os aumentos às vésperas da Páscoa são "inevitáveis". Por isso, ele sugere "uma detalhada pesquisa de preços" antes das compras os ovos. "O varejo promove uma competição saudável para consumidores."

VARIAÇÃO

Pesquisa do Procon-SP divulgada na semana passada mostra que há diferença de quase 90% entre preços de ovos de Páscoa em lojas da cidade de São Paulo.

O modelo com a maior variação, de 200 gramas, é vendido a R$ 6,89 em um supermercado no centro e custa R$ 12,95 em uma loja na zona sul.

O ovo de Páscoa foi o item que apresentou a maior diferença entre os produtos típicos da data. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o preço médio avançou 8,47%.

O preço de um mesmo tipo de bombom de caixa variou até 60% nas lojas de São Paulo. O reajuste em relação ao ano anterior foi de 11,59%. Já os valores dos bolos, que subiram 2,19%, na média, em um ano, foram encontrados com uma diferença de até 57%.

Os técnicos da entidade checaram 147 itens em dez estabelecimentos distribuídos por cinco regiões da cidade de São Paulo. O supermercado com o maior número de produtos de menor preço fica no centro.