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Segunda - 19 de Março de 2012 às 16:06
Por: Renê Dióz

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Renê Dióz-OD

Um empresário de Cuiabá deve ingressar na Justiça com uma ação contra o restaurante Casa do Cupim, localizado na avenida Miguel Sutil, após ter sofrido agressões por parte de garçons do estabelecimento. Ele sofreu um corte profundo no braço esquerdo, além de lesões na cabeça, nuca e costas após um mal-entendido com um dos atendentes.

Mostrando os pontos da sutura no pulso esquerdo, Flávio Tarasoff relata que na noite do último dia 10 foi ao restaurante com a esposa e os cunhados. Tudo corria em tranquilidade e o grupo era muito bem atendido por um dos garçons. Por volta da 0h, Flávio pediu uma porção de queijo e também a conta da mesa.

Um atendente retornou com a máquina para o cartão de crédito e a conta, em pouco mais de R$ 390, a qual Flávio resolveu arredondar para R$ 400. Além disso, Flávio pediu, na base da camaradagem, uma dose de whisky como “saideira”.

Flávio recebeu a dose e deu uma gorjeta de R$ 20 ao garçon, mas ainda lhe cobrou a porção de queijo que havia sido solicitada junto à conta. Em seguida, o atendente, que havia passado o cartão de crédito, dirigiu-se a Flávio informando que não seria possível servir-lhe a porção porque ele não a havia pagado. Embora não concordasse, Flávio conta que não fez questão de argumentar com o atendente e fez sinal de ir embora.

Foi aí que a confusão começou. Ao se retirar, o atendente teria resmungado e xingado o cliente. “Vagabundo, se quer comer de graça vai para um albergue”, esbravejou. Indignado, Flávio resolveu ir atrás do atendente para tirar satisfações. Quando conseguiu alcançá-lo, percebeu que o funcionário já estava comentando a situação no mesmo tom de voz com outros quatro colegas.

Empurra-empurra

Neste instante, Flávio e o atendente começaram a discutir e iniciou-se também um empurra-empurra que chamou a atenção dos presentes. O empresário relata que de cinco a oito funcionários se juntaram – não para apartar a briga, mas para defender o atendente com quem o cliente discutia e para atacá-lo.

No meio do empurra-empurra, Flávio foi atingido no pulso esquerdo com uma garrafa quebrada de cachaça. A roupa ficou encharcada de sangue e bebida. Somente neste instante alguém, que Flávio acredita ser o gerente, conseguiu apartar a briga.

Mesmo sangrando, Flávio não foi socorrido por ninguém do restaurante. Ele teve de sair com sua esposa e os cunhados para retirar o carro e ir, por conta própria, a um hospital particular para ser atendido.

Em seguida, registrou boletim de ocorrência na polícia relatando crimes contra a pessoa, constrangimento ilegal, calúnia e lesão corporal e também fez exames no Instituto Médico Legal (IML), cujo laudo ainda não ficou pronto.

“Quando eu estava com o pulso rasgado, ninguém chamou ajuda, não houve prestação de socorro algum. É um absurdo você sair de casa para ir a um restaurante, gastar lá R$ 400 e terminar a noite fazendo exames no IML”, desabafa Flávio, lamentando também a humilhação a que foi submetido no local. “Eu saí de lá como o bêbado que causou confusão”.

O empresário ainda lembra que, na saída, deixou três de seus cartões com seguranças do restaurante exigindo que o proprietário entrasse em contato com ele. Um contato superficial aconteceu somente neste último sábado, quando o proprietário foi procurado pela imprensa para falar do assunto.

Agora, o empresário está firme na decisão de acionar o estabelecimento e os agressores na Justiça, com uma ação penal e uma por indenização por danos morais e materiais. Flávio terá de fazer fisioterapia no braço porque não está conseguindo dirigir e sequer abrir uma garrafa por conta própria. “Infelizmente, para que não se repita, as pessoas só entendem quando dói no bolso”, resume.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto procurou por telefone o proprietário do restaurante Casa do Cupim, Luciano Belo, que se prontificou a negar a versão do empresário Flávio Tarasoff.

De acordo com Luciano, o cliente passou a noite toda consumindo bebida alcoólica, o que o fez ter uma “postura agressiva”. Após uma discussão com os garçons por causa do valor da conta, relata o proprietário, Flávio teria tropeçado e se machucado nos garrafões de cachaça (de cerca de 20 litros) que o estabelecimento mantém no balcão.
Segundo Luciano, não procede, portanto, a alegação de que Flávio se machucou por agressão dos funcionários.

“A gente fica é chateado com tantas inverdades que estão sendo ditas”, lamentou-se o proprietário.






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