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Economia
Sábado - 17 de Março de 2012 às 11:07
Por: ROBERTA LOPES e MARLI MOREIRA

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O Brasil criou em fevereiro 150,6 mil empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Se, por um lado, o número supera o resultado de janeiro, quando foram criados 118,9 mil empregos, por outro representa menos da metade dos empregos criados no mesmo mês de 2011 (347 mil).

Na estatística do ministério, foi o pior mês de fevereiro nos últimos três anos. Somando os dois primeiros meses do ano, foram abertas 293.987 vagas, bem menos do que os quase 500 mil empregos criados no primeiro bimestre de 2011.

MORADIA

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,06 ponto percentual, na segunda prévia de março, e atingiu 0,47% ante 0,41%. Essa elevação foi puxada por reajustes ocorridos no grupo habitação, cujo IPC-S ficou em 0,89% ante 0,7%.

Entre as despesas em alta estão o pagamento de empregada doméstica (de 3,41% para 4,10%); a taxa de água e esgoto residencial (de 0,3% para 1,26%); a mão de obra para reparos no imóvel (de 0,31% para 0,33%) e o aluguel residencial (de 0,55% para 0,74).

Mais três grupos apresentaram acréscimos: alimentação (de 0,31% para 0,43%), com destaque para as frutas (de 5,2% para 6,53%); vestuário (de 0,23% para 0,31%), com alta de preços das roupas masculinas (de 0,14% para 0,47%); e saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,52%), por causa dos medicamentos (de 0,21% para 0,39%).

Já o grupo comunicação teve queda de 0,19% ante uma redução de 0,02%, sob o efeito da tarifa de telefone residencial (de -0,23% para -0,69%).

Nos demais grupos ocorreram decréscimos: transportes (de 0,39% para 0,34%), influenciado pelo seguro facultativo para veículos (de 0,92% para 0,62%); despesas diversas (de 0,12% para 0,06%), em decorrência, principalmente, da queda mais acentuada no preço da ração animal (de -0,01% para -0,29%); e educação, leitura e recreação (de 0,26% para 0,24%) com queda no ritmo de alta nas diárias de hotéis (de 1,4% para 1,1%).

Os cinco itens que mais pressionaram o IPC-S são empregada doméstica mensalista (de 3,41% para 4,1%); refeições em bares e restaurantes (de 0,54% para 0,61%); aluguel residencial (de 0,55% para 0,74%); condomínio residencial (de 0,76% para 1,01%) e mamão papaia (de 17,18% para 19,4%).

EXPANSÃO

Seis dois oito setores econômicos acompanhados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho contrataram mais do que demitiram em fevereiro. O setor de serviços foi o que apresentou o melhor desempenho no mês, com a geração líquida de 93.170 postos de trabalho. A construção civil, com saldo de 27.811 empregos, e a indústria de transformação, com 19.609, aparecem na sequência dos melhores desempenhos setoriais.

Já a indústria de transformação, apesar de ter apresentado o terceiro melhor resultado para o mês entre os oito setores pesquisados, mostra um dinamismo menor que o do ano passado. Os dois setores que registraram mais demissões do que contratações foram o comércio, com saldo negativo de 6.645 empregos, e a agricultura, que fechou 425 postos de trabalho.

Entre as regiões, a que apresentou melhor desempenho foi a Sudeste, que expandiu o mercado de trabalho em 93.266 vagas; seguida das regiões Sul (39.522), Centro-Oeste (23.457) e Norte (3.965). A Região Nordeste foi a única que registrou saldo negativo em fevereiro, perdendo liquidamente 9.610 empregos. Segundo técnicos do Ministério do Trabalho, o mau desempenho se deve à sazonalidade das atividades do setor sucroalcooleiro.




Fonte: Do DC

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