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Repórter News - reporternews.com.br
Economistas, porém, alertam que carregar dinheiro pode colocar segurança do turista em risco
Imposto maior incentiva brasileiro a levar grana viva em viagem para o exterior
O governo brasileiro aumentou no último dia 27 o valor do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) de 0,38% para 6,38% para saques, compras com cartão de débito, cartão pré-pago e travelers cheques fora do País. O novo tributo para esses meios de pagamento apenas se igualou à taxa cobrada no cartão de crédito.
Diante da nova tributação, o melhor modo dos brasileiros fugirem do gasto maior no exterior é trocar, ainda no Brasil, o dinheiro em reais pela moeda do país de destino e viajar com o dinheiro em espécie, segundo especialistas ouvidos pelo R7.
Entretanto, para o diretor da corretora Pionner, João Medeiros, o governo estimula que os brasileiros voltem a usar uma forma de pagamento que coloca em risco sua segurança física. O uso do cartão pré-pago, que havia tido boa aceitação dos turistas brasileiros que vão para o exterior, passa a não valer mais à pena do ponto de vista de gasto, diz Medeiros.
— Você começa a voltar para uma forma de pagamento que estava em desuso. Corre o risco de ser assaltado na rua. O cartão pré-pago tinha sido um meio de pagamento fantástico porque não precisa comprar papel moeda [em dólar ou euro, por exemplo, antes de viajar]. Você perdeu [o cartão], cancela por telefone [e não tem o dinheiro roubado].
Para Medeiros, o viajante brasileiro ainda tem como alternativa — para evitar a compra de moeda em espécie no Brasil antes de viajar — transferir o dinheiro para a conta de um conhecido que more no país para onde se vai viajar.
Entretanto, para fazer uma remessa ao exterior, é preciso dar uma justificativa às autoridades financeiras para as transferências. Caso se justifique o envio como “doação”, incide-se a taxa de 4% no valor. A quantia ainda deve ser informada à Receita Federal quando está acima do equivalente a R$ 10 mil. Ou seja, a taxa cobrada é pouco menor que os 6,38% do novo IOF para operações financeiras no exterior.
Cartão de crédito
Apesar de a taxa para saques e compras com cartão de débito, traveler cheques e cartão pré-pago fora do País ter se igualado à do cartão de crédito, este meio de pagamento deverá voltar a ser usado em larga escala pelo brasileiro, sobretudo porque as operadoras oferecem o acúmulo de milhagem.
No entanto, o diretor da empresa de câmbio Cotação, Alexandre Fialho, alerta que o cartão de crédito pode virar uma armadilha, já que impede o turista de controlar as despesas com exatidão.
— O risco é maior. Você só vai saber quando gastou em sua viagem ao receber sua fatura com base no valor do dólar daquele dia.
Dinheiro em espécie
O diretor da corretoda Cotação afirma que, embora a nova taxa esteja há menos de 15 dias em vigor, já é possível sentir um aumento na compra de dinheiro em espécie para viagens internacionais.
Metade das operações de câmbio na empresa Cotação, até a semana passada, eram relacionadas ao cartão pré-pago e metade ao dólar em espécie. Nesta semana, a porcentagem das operações relacionadas ao dinheiro físico subiram para 70% nas trocas de dinheiro feitas pela empresa.
O especialista, porém, diz não acreditar que a mudança faça com que o cartão pré-pago — agora com novo IOF — desapareça do mercado.
— Muitos clientes preferem a segurança [do cartão pré-pago]. Alguns lugares já cobravam 1% a menos no câmbio do cartão pré-pago devido ao estímulo das pessoas a usar o cartão. Na Cotação, o cartão pré-pago sai com a taxa de 5,38%.
Pagamentos “semelhantes”
No último dia 27, o governo afirmou, em nota, que o objetivo da alteração é evitar que “um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência de sua estrutura de tributação.”
Deacordo com assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está de férias até a sexta-feira (10) e, por isso, não é possível explicar o motivo para o desejo de estabelecer a “isonomia” entre as formas de pagamento que são “semelhantes” por serem “eletrônicas”.
A mudança ainda tem objetivo “regulamentatório” e não “arrecadatório”, segundo o ministério. O governo estima que a arrecadação aumente em R$ 522 milhões ao ano com a elevação do IOF para os outros meios de pagamento.
Fonte:
Do R7*
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/57/visualizar/
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