Para Serra, crise do governo federal não influencia disputa em SP
O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo José Serra disse neste sábado (10) não acreditar que a crise vivida pelo governo federal com sua base aliada no Congresso vá trazer benefícios a sua possível candidatura nas eleições municipais.
"Não creio que tenha relação tão direta", afirmou
Partidos aliados ao PT na esfera federal, como o PDT e o PR, têm demonstrado insatisfação com a falta de espaço no governo. Ontem, os pedetistas ingressaram no governo do tucano Geraldo Alckmin, afastando-se da órbita petista em São Paulo.
Serra participou hoje de evento na zona leste de capital com cerca de 250 militantes do PSDB. O ato foi organizado pelos secretários estaduais Bruno Covas e Andrea Matarazzo, que abriram mão de participar das prévias em favor de Serra.
Em discurso, o ex-governador cumprimentou Covas e Matarazzo pelo gesto em direação a sua candidatura, mas disse ver como positiva a manutenção de Ricardo Tripoli e José Aníbal na disputa.
"Ainda bem [que eles não colocaram a candidatura à disposição], assim ninguém vai falar que suspendemos as prévias."
Serra não quis comentar declarações do pré-candidato petista Fernando Haddad, que rebateu críticas do ex-governador ao Enem. "Não vou entrar em ti ti ti."
MILITÂNCIA
Serra voltou a ser constrangido por um dirigente do PSDB. No palco, Jaime Pereira, do diretório de Itaquera, pediu mais atenção do ex-governador à militância. "Não despreze mais as bases do partido".
Questionado, Serra minimizou: "Não entendi direito o que ele falou, e falaram dezenas [de militantes]". Uma situação semelhante havia ocorrido no final de fevereiro.
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