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Concursos/Empregos
Sábado - 03 de Março de 2012 às 09:25
Por: ALECY ALVES

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A extensa lista de exames médicos e laboratoriais e de certidões exigidas pela Prefeitura de Várzea Grande está sendo considerada uma ameaça aos aprovados no último concurso.

Convocados para tomar posse, muitos aprovados se surpreendem com a documentação solicitada e agora se declaram economicamente impossibilitados de atender às exigências até o dia 30 deste mês, prazo determinado pela gestão municipal.

Isso acontece por causa das dificuldades de acesso aos serviços públicos de saúde. Além da demora no agendamento, muitos exames não são oferecidos nas unidades que compõem a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Não tenho dinheiro e sei que não vou conseguir fazê-los pelo SUS, alguns sequer serão agendados”, lamenta a desempregada A.P.C., aprovada para o cargo de professora do ensino fundamental. Ela, que prefere não se identificar, completa: “estou correndo um sério risco de perder minha vaga”.

Aprovada para o cargo de vigilante, outra futura servidora de Várzea Grande, que também está desempregada, conta que esta semana esteve em algumas unidades públicas de saúde e logo percebeu que esse não poderia ser o caminho. Se alguém quiser tomar posse, diz, terá de pagar exame particular. “O problema é que não tenho dinheiro”, diz.

A precariedade dos serviços públicos de saúde levou diversas clínicas de Várzea Grande e também de Cuiabá a oferecerem os procedimentos em forma de pacotes. Uma delas, conforme contato feito pela reportagem, está cobrando R$ 880, com pagamento à vista e em dinheiro.

Nesse valor não estão inclusas as avaliações e os laudos especiais, ou seja, os extras solicitados daqueles que apresentarem algum tipo de problema de saúde. Exclui ainda o teste psicológico (Psicodiagnóstico Mio Kinectic).

Além de pelo menos 20 exames comuns, no quais estão inclusos o hemograma padrão, de urina e de colesterol, a Prefeitura condiciona a posse à apresentação de comprovante de vacina antitetânica e de laudos de eletroencefalograma, oftalmológico e RX do tórax. Além disso, uma avaliação osteomuscular por meio de ultrassonografia.

A presidente da subsede do Sindicato dos Professores de Mato Grosso (Sintep-MT), Cida Cortez, acredita que muitos aprovados serão impedidos de assumir seus cargos por falta de comprovação de exames e outras exigências.

Na página da Prefeitura, a presidente da Comissão, Ádila Andrade, declarou em uma reportagem da assessoria que muitos candidatos aprovados estão apresentando documentação em desacordo com o Edital. “Dessa forma, não podemos dar sequencia ao processo de posse e posterior lotação desses futuros servidores nas unidades”, observou ela.




Fonte: DO DC

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