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Politica Brasil
Quarta - 29 de Fevereiro de 2012 às 17:18
Por: Romilson Dourado

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Edson Rodrigues

   O ex-governador Blairo Maggi, novo líder do PR no Senado, resiste a proposta da presidente Dilma Rousseff para vir a assumir o Ministério dos Transportes, por considerá-lo delicado, complexo e espécie de um barril de pólvora, mas se mostra receptivo a um eventual convite para a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Essa possibilidade será discutida pela cúpula republicana e levada ao Palácio do Planalto.

   A negociação envolve o PMDB, que voltaria a comandar o Transportes, enquanto o PR, hoje em cima do muro quanto ao governo petista, retornaria ao primeiro escalão, desta vez na Agricultura. A definição, com ou sem Maggi na equipe de Dilma, sai até o próximo mês. Caso o republicano saia do Legislativo e venha a atuar no Executivo, desta vez como ministro, sua cadeira no Senado será ocupada por Aparecido dos Santos, o Cidinho, ex-prefeito de Nova Marilândia e ex-presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios. Assim, ele se juntaria aos senadores por Mato Grosso Pedro Taques (PDT) e Jayme Campos (DEM).

    Até julho do ano passado, o PR conduzia o Transportes com Alfredo Nascimento, que caiu por causa de denúncias de corrupção. Outros também foram exonerados, como o afilhado de Maggi, Luiz Antonio Pagot, até então diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. A presidente Dilma mandou demitir 3 integrantes da cúpula do setor de transportes depois que a revista Veja levantou irregularidades no Dnit e a participação do PR na formação de um caixa 2 originado de cobrança de propina de empresas que prestam serviços na infraestrutura de transportes.

   Por causa desse escândalo e para não atrapalhar os seus negócios tocados pelo conglomerado de empresas do Grupo Amaggi, o senador e ex-governador por 7 anos não quer saber da pasta dos Transportes. Já em relação à Agricultura, entende que seria possível, embora também possa se deparar com conflitos entre público e privado, já que é um dos grandes empresários dos segmentos do agronegócio.

   De todo modo, Maggi é a única liderança do PR com perfil desejado por Dilma para ocupar ministério. Seria uma forma do Planalto reconquistar a bancada republicana. Esta é a segunda vez que a petista o convida. O ex-presidente Lula também tentou convencê-lo a ocupar pasta na época, mas Maggi alegou que não poderia deixar o posto de governador. Alguns representantes de Mato Grosso já foram ministros, o último deles Dante de Oliveira (já falecido), que conduziu a Reforma Agrária no governo José Sarney.





Fonte: RDNEWS

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