Secretário e senador partem para o enfrentamento com ataques mútuos
Eder de Moraes partiu para o enfrentamento contra Pedro Taques, um ex-procurador da República que, por causa da linha dura e investigativa junto aos agentes públicos, se tornou um senador temido. Se o governo Silval Barbosa tivesse outros secretários com estilo, perfil e coragem de Eder, não estaria sofrendo tanto desgaste. A administração tem dificuldades de explorar ações positivas. A maioria dos secretários bate-cabeça e se cala diante das críticas, ou porque faltam argumentos e, nesse caso, a defesa se tornaria frágil, ou por não possuírem habilidades técnica e política. Com Eder é diferente e, por isso, se tornou uma figura amada e odiada ao mesmo tempo.
O secretário da Copa-2014, que também vive metido em confusão e em projetos polêmicos, lançou frases duras em reação a Taques que muitos políticos queriam fazê-las mas não têm coragem - confira aqui o que diz Eder sobre Taques. Afirmou, por exemplo, que o senador pedetista lança comentários e discursos marcados por ameaças ou desenha cenário do caos, carimbando todos políticos como desonestos. Já em relação a problemas e supostas irregularidades que atingem aos aliados, diz Eder, Taques se omite. O secretário ficou na bronca porque Taques subiu à tribuna do Senado e, entre outras coisas, cobrou transparência na execução dos projetos da Copa, especialmente quanto ao VLT - veja aqui o que disse o senador.
Entre as funções do parlamentar estão a de fiscalizar os atos do Executivo, de exigir transparência e de apresentar projetos. Taques caminha na vida pública nessa linha, mas é um agente "estourado", daqueles que não levam desaforo para casa. Eder age igual. Foi assim no MT Fomento, primeiro cargo público ocupado no Estado, ainda no governo Blairo Maggi. Depois passou pelas pastas da Fazenda e da Casa Civil e pela extinta Agecopa até chegar à Secopa, responsável pelos projetos preparativos de Cuiabá para o Mundial de 2014.
Dentro do próprio governo, a presença de Eder é tida como incômodo, mas o governador o considera uma peça essencial na engrenagem que move a administração. Embora afoito e determinado a atropelar etapas e, se necessário, massacrar correligionários para atingir seus objetivos, Eder é o único que vem a público pontuar em defesa da gestão. Os demais ficam na trincheira, assistindo o governo peemedebista levar porrete.
As críticas de Eder a Taques ou dezem azedar a relação política da oposição com o governo ou produzirão efeito contrário. Há momentos em que os atos precisam ser repensados, no amor ou na dor.
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