Dilma rejeita indicações do PR ao Transportes e pressiona Blairo
A presidente Dilma Rousseff está disposta a manter o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, no cargo caso o Partido da República (PR) não indique um nome que agrade ao Palácio do Planalto (leia-se: senador Blairo Borges Maggi). Em suma, aumentam as pressões nos bastidores para que Maggi assuma a pasta.
E o jogo passou a ser ainda mais interessante após Dilma ter refutado, de pronto, as duas indicações republicanas: os deputados federais Luciano de Castro (RR) e Milton Monti (SP). Nos bastidores do Planalto e do PR, Dilma teria reiterado o convite a Maggi, que continua a titubear diante das pressões palacianas.
Na outra ponta, contudo, o PR não reconhece em Passos uma indicação real republicana. Vale lembrar que o atual comandante dos Transportes assumiu após as denúncias de suposto esquema de desvio de verbas públicas, as quais até o momento não foram comprovadas.
Passos assumiu no lugar do senador Alfredo Nascimento, ceifado do cargo com o ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, que era o afilhado político de Maggi, e que também foi colocado no "pacote de exonerações" comandadas a partir do próprio Planalto.
Maggi admitiu, ao assumir a liderança do PR no Senado, que tenta recuperar o elo entre Mato Grosso e o governo federal, relação esta que foi reduzida com a saída de Pagot do Dnit, provocando a perda de pesados investimentos federais ao Estado que, anteriormente, chegavam justamente devido ao trabalho feito pelo ex diretor superintendente do Dnit junto à cúpula do Palácio do Planalto.
No entanto, Maggi tem receio de assumir o Ministério dos Transportes devido às ligações da empresa Amaggi em negócios com o governo federal, o que, em sua opinião, o impedem juridicamente de aceitar o cargo.
O certo é que é grande a pressão sobre o senador, que vê na aceitação do cargo uma oportunidade para garantir um posto de destaque no cenário político nacional, além de resgatar o tempo perdido para Mato Grosso em relação aos investimentos do governo federal, sem falar na possibilidade de Blairo Maggi fortalecer sua imagem para uma possível candidatura ao governo do Estado em 2014.
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