O deputado federal foi acusado de promover churrasco para amealhar votos para sua eleição
Supremo arquiva inquérito contra Valdemar da Costa Neto
O ministro Carlos Ayres Britto, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar um inquérito que apurava a suspeita de compra de votos e corrupção eleitoral contra o deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR-SP). Atual secretário-geral do PR e ex-presidente do PL, Costa Neto tornou-se réu no processo do mensalão por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Valdemar era suspeito de ter promovido, em setembro de 2006, um grande churrasco em Bertioga, no litoral paulista, com farta distribuição de comida e bebida, sob o intuito de supostamente amealhar votos dos participantes para sua eleição de deputado federal. Em agosto de 2005, ele havia renunciado ao mandato parlamentar após admitir ter recebido dinheiro do PT para saldar dívidas de campanha do extinto PL. Ele se reelegeu na ocasião e, novamente, em 2010.
Na decisão, o ministro do STF disse que se baseou em parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para arquivar o inquérito. Gurgel afirmou não haver "elementos nos autos" que apontem a prática dos crimes por Valdemar. Após analisar a prestação de contas do deputado de 2006 na Justiça Eleitoral, o procurador-geral constatou que quatro pessoas e uma empresa contribuíram com R$ 2.416 para bancar o churrasco
Comentários