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Quinta - 16 de Fevereiro de 2012 às 18:01

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O servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) que era mantido refém há quatro dias na aldeia Kapotnhinore, próximo à cidade de Colíder, distante 648 quilômetro de Cuiabá, foi libertado nesta quinta-feira (16). Uma equipe da Polícia Federal, juntamente com representantes da Funai, foi até a aldeia para negociar com os índios caiapós.

Os índios reivindicam uma reavaliação sobre a autorização de funcionamento de hotéis e pousadas existentes ao longo do Rio Xingu. Eles também pedem a demarcação de terras no entorno da aldeia. De acordo com a Funai, após a instalação das pousadas na região, a prática da pesca tornou-se frequente entre os turistas que invadem as terras indígenas. O conflito se agravou quando um veículo da aldeia foi incendiado próximo a uma das pousadas.

A Polícia Federal informou que foi feita uma perícia na caminhonete dos índios para apurar as causas do incêndio. Além disso, foram ouvidas as reivindicações feitas pela etnia. O refém libertado, segundo a PF, foi levado de avião até a cidade de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.

O G1 tentou entrar em contato com o coordenador da Funai na região, Sebastião Martins, mas até o fechamento desta matéria fomos ele ainda não havia retornado da aldeia.

Refém
O servidor foi feito refém pelos índios caiapós durante uma visita de quatro representantes da Funai que foram até a aldeia para ouvir as reivindicações do povo caiapó. Dos quatro, somente o refém não era índio. Na hora de voltar para a cidade, os índios não deixaram o servidor entrar no avião.

A aldeia Kapotnhinore está localizada em uma área reivindicada pelos caiapós como terra indígena. Em 2011, o Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para fiscalizar o processo de demarcação e a regularização fundiária daquela terra indígena. Cerca de 130 índios vivem no local atualmente, segundo a Funai.





Fonte: Do G1 MT

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