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Politica Brasil
Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 13:19

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A presidente Dilma Rousseff passou dois recados à base aliada durante a primeira reunião do Conselho Político em 2012. O primeiro é que não quer saber de ministros políticos utilizando as estruturas dos ministérios para beneficiar candidatos nas eleições municipais. O segundo, de que não vai participar diretamente do pleito, nem subir em palanques onde houver mais de um candidato da base aliada do governo. Ela já tinha dado esse recado durante viagem ao Rio Grande do Sul no fim do ano passado. Mas o encontro de ontem no Palácio do Planalto tinha um público mais seleto: os líderes e presidentes de todos os partidos que compõem a base de sustentação do governo.

A cautela dupla se deve ao fato de pelo menos três ministros terem caído em 2011 sob a acusação de que seus titulares estavam aproveitando a máquina em benefício próprio: Alfredo Nascimento (Transportes), do PR; Orlando Silva (Esportes), do PCdoB; e Carlos Lupi (Trabalho), do PDT. Curiosamente, foi o próprio Lupi - em seu primeiro encontro com a presidente após a exoneração do Ministério - um dos porta-vozes desse recado presidencial ao término da reunião. "No final, ela deu o recado para todos de que as eleições não podem dividir a base aliada e que não permitirá que a máquina seja usada para beneficiar qualquer partido", relatou o ex-presidente do Trabalho.

Para o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), a decisão da presidente Dilma é fundamental para evitar a corrosão da base aliada em um ano eleitoral. "Ao afirmar que não vai se envolver em locais onde há mais de um candidato, ela impede crise antes de outubro e o choro dos derrotados que voltarem das urnas", disse ele.






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