A polícia investiga se um carro encontrado queimado nesta segunda-feira na Comunidade Mundial, em Rocha Miranda, no subúrbio do Rio de Janeiro, foi o mesmo usado no atropelamento que matou uma pessoa e deixou outras 40 feridas momentos antes de um ensaio na quadra da escola de samba Portela na noite do domingo.
De acordo com o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (Rocha Miranda), tenente-coronel Gláucio Moreira da Silva, o modelo e a cor do veículo são os mesmos do que estaria envolvido no atropelamento, que foi seguido por uma explosão, sem que tenha sido possível identificar a origem e características do objeto lançado. A delegacia afirma que um artefato explodiu após o acidente, possivelmente uma granada, o que contribuiu para o número de feridos.
O comandante afirmou que a polícia tem dois suspeitos identificados como possíveis condutores do veículo. A Secretaria Estadual de Saúde informou que, devido ao incidente, 41 pessoas foram atendidas em hospitais da rede estadual, sendo que uma delas morreu.
A Portela divulgou nota oficial em que se solidariza com todas as famílias das vítimas e lamenta o ocorrido, reiterando a confiança nas autoridades competentes para que o episódio seja esclarecido. A presidência da escola promete "acompanhar de perto" as investigações sobre o caso.
De acordo com a diretoria da Portela, o público aguardava o início do ensaio técnico da escola quando foi surpreendido pelo carro desgovernado. A PM informou que 15 policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 9º BPM faziam a segurança do ensaio técnico quando um veículo furou o bloqueio da Guarda Municipal na Estrada do Portela, em Madureira. O oficial que comandava a operação determinou que os PMs priorizassem o atendimento às vítimas, orientando pelo rádio do batalhão a montagem de um cerco para localizar o veículo.
O comandante Gláucio Moreira da Silva, que esteve no local, afirmou que não houve a utilização de qualquer tipo de armamento não-letal pelos policiais militares.
Comentários