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Polícia Brasil
Sexta - 10 de Fevereiro de 2012 às 15:32

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O soldado da PM Pascoal dos Santos Lima, 35, foi absolvido na madrugada desta sexta-feira no julgamento pela morte de Eder Walter Moreira.

O júri começou na tarde de ontem (9) no 2º Tribunal do Júri, no fórum de Santana (zona norte de SP), e terminou no início da madrugada.

Conhecido nas ruas da zona norte como "Monstro", por ser tido como um matador violento, o soldado é acusado de outras 16 mortes.

Dentre os crimes atribuídos pela Polícia Civil a Lima está o assassinato do coronel da PM José Hermínio Rodrigues, em janeiro de 2008, também na zona norte paulistana.

O responsável pela acusação no julgamento de ontem foi o promotor Francisco Cembranelli, que ganhou fama nacional ao atuar nas condenações do casal Nardoni e de um dos assassinos do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

Ele tentou convencer os jurados de que Lima era culpado do crime. Segundo o promotor, Moreira, dono de duas farmácias na zona norte, foi morto a tiros quando saía de uma academia de ginástica, em novembro de 2006, porque o PM tinha uma desavença com seu irmão, que é suspeito de traficar drogas.

O advogado de defesa, Newton Nunes, disse que a investigação foi mal feita e que não havia provas de que o PM assassinou Moreira --versão que foi aceita pelos jurados. A Promotoria informou que irá recorrer.

OUTROS CRIMES

Além da morte de Eder Moreira e do coronel Rodrigues, Lima também é suspeito de ter matado outras 15 pessoas na zona norte paulistana. Lima foi acusado por uma testemunha de matar três jovens (14 a 16 anos) em 2007 após eles terem feito brincadeiras com o PM dias antes, durante uma abordagem policial.

Dois dias depois, Lima matou mais seis jovens, também na zona norte, segundo a Polícia Civil.

Outra morte pela qual Lima foi acusado é a do comerciante Alexandre Pereira da Silva, 30. Ele foi morto a tiros em setembro de 2006, ao lado do filho de cinco anos, porque se recusou a pagar propina para que PMs fizessem segurança de suas máquinas caça-níqueis.

Das 17 mortes atribuídas a Lima, três foram durante seu trabalho como policial, nos chamados casos de "resistência seguida de morte". O PM nega culpa pelas mortes.






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