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Politica Brasil
Quinta - 09 de Fevereiro de 2012 às 07:17
Por: MARIA CLARA CABRAL

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Dois dias depois de deixar o Ministério das Cidades por suspeitas de irregularidades, o deputado Mário Negromonte (PP-BA) disse nesta quarta-feira que é preciso avaliar o que está sendo divulgado contra seu substituto, Aguinaldo Ribeiro (PP).

Ao ser questionado sobre as suspeitas de irregularidades que atingem Ribeiro, o ex-ministro disse que basta dar "um Google para achar".

Ribeiro também é do PP, mas faz parte de um grupo político contrário ao de Negromonte no partido. Aliados do ex-ministro atribuem sua queda a rivalidades regionais dentro da própria legenda.

Reportagem da Folha mostrou que Ribeiro é sócio do dono de uma imobiliária que negocia imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida em João Pessoa. O novo ministro também é neto de um usineiro acusado --em livros oficiais-- de mandar matar líderes camponeses na Paraíba.

Negromonte fez questão de lembrar ainda que não responde a nenhum processo no STF (Supremo Tribunal Federal), ao contrário de seu substituto e do novo líder da bancada, Arthur Lira (AL), aliado de Aguinaldo.

E alega que não saiu do ministério por causa das suspeitas na pasta, mas sim pela "pressão política de meia dúzia".

"Eu sofri muito. Vasculharam a minha vida como nem na época da ditadura faziam. A vida da minha mulher, meus filhos..." Questionado a quem atribuía tudo isso, respondeu: "parte da imprensa instada certamente pelos adversários".

Apesar das declarações, Negromonte diz que volta à Câmara sem ressentimentos, com a missão, dada pela presidente Dilma Rousseff, de pacificar a bancada do PP. "Meu carro é igual ao de Fórmula 1, não tem marcha ré".

O deputado contou que já conversou com o novo líder e com o seu substituto por diversas vezes e garantiu que vai procurar os demais deputados que fazem parte do grupo contrário no partido, fazendo a "política do bem".

Segundo ele, a missão de pacificar o PP foi repassada diretamente pela presidente Dilma Rousseff.

No primeiro dia de trabalho intenso na Câmara, o ex-ministro contou que evitou andar do gabinete até o plenário porque, no caminho, passava por "muitas emoções". "São muitas manifestações de apreço, de solidariedade, por todo o capital de construí aqui durante os meus cinco mandatos."






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