Dilma: sem governos estaduais, não se governa no Brasil
A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (12) a parceria entre o governo federal e os governos estaduais como forma de beneficiar a população. A presidente disse que tem defendido a ideia de que, assim como o decoro parlamentar, existe também o "decoro governamental". "O decoro governamental consiste em perceber que não se faz e não se tem, não se pode ter, dentro de políticas governamentais, uma relação de atrito com Estados e municípios. Essa é a grande característica do decoro governamental", afirmou em discurso durante cerimônia de assinatura de convênio entre a Caixa e o governo de São Paulo para a construção de casas populares pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
"É impossível no Brasil um governante achar que se governa sem os governos estaduais e os prefeitos. Não governa", disse. De acordo com a presidente, a parceria entre União, Estados e municípios mostra a maturidade do País. "Independente de origem partidária, credo político, credo religioso e opção futebolística, nós conseguimos criar essa capacidade. Nós podemos ter nossas divergências eleitorais, mas acabou a eleição essas divergências eleitorais deixam de existir", afirmou.
Dilma disse que o programa Minha Casa, Minha Vida, juntamente com o Brasil sem Miséria, promovem a igualdade e a distribuição de renda no País. "Nós não queremos um país de bilionários e pobres miseráveis como é em muitas grandes nações do mundo afora. Nós queremos um país obviamente de pessoas ricas e prósperas, mas queremos sobretudo um país de classe média. Ninguém é classe média se não tiver sua casa", afirmou.
Dilma enfatizou que a parceria com o governo de São Paulo é fundamental para que o programa Minha Casa, Minha Vida possa atingir as faixas de renda mais baixas. "O governador vai viabilizar o processo em que nós tínhamos dificuldades, que era o preço e a dificuldade de acesso a terrenos em São Paulo", disse. Dilma fez questão de citar que o programa não causa a chamada "bolha imobiliária", pois, na avaliação dela, ele não está baseado em um processo especulativo, mas sim na percepção de que a presença do Estado é fundamental nesta questão.
Em seu discurso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, citou que as parcerias entre o Estado e a União já chegaram ao programa de combate à miséria e viabilizaram a Hidrovia Tietê-Paraná, o Rodoanel e a construção de moradias populares. "No que depender de São Paulo, esses alicerces que proporcionaram a harmonia entre os governos estarão de pé em meio a quaisquer intempéries", disse Alckmin.
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