A família de Reginaldo Queiroz, morto por espancamento, dentro do shopping, foi indenizada em R$ 1 milhão
Indenização milionária encerra o "Caso Goabeiras"

O ano de 2011 marcou a conclusão de alguns casos polêmicos, principalmente no meio policial. Em junho daquele ano, por exemplo, foi encerrado o caso do vendedor ambulante morto por espancamento dentro do Goiabeiras Shopping Center, em Cuiabá, em setembro de 2009.

A família de Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz, que morreu aos 31 anos, foi indenizada pelo estabelecimento em cerca de R$ 1 milhão.

Na área criminal, os responsáveis pelo assassinato já haviam sido condenados e cumprem pena na Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Em entrevista ao MidiaNews, a mãe do estudante, Odaísa dos Santos Queiroz, afirmou que a "Justiça da terra" foi feita, mas que nada trará seu filho de volta.

Relembre o caso

Reginaldo Queiroz entrou no Goiabeiras Shopping Center por volta das 16h30 do dia 29 de agosto de 2009, para comprar ingressos de um evento e, depois, sentou-se na praça de alimentação para tomar um suco, acompanhado de duas amigas. Ele carregava vários porta-latinhas, trajava roupa simples e um chapéu de abas largas (tipo mexicano).

Segundo relatos, ele foi abordado na praça de alimentação por dois seguranças, que recolheram o material. Momentos depois, ele foi imobilizado na loja Beto Esportes, onde tentava fazer uma compra, e foi levado pelos seguranças Jefferson Medeiros e Ednaldo Belo até a sala de segurança.

O estudante saiu da sala da segurança dentro de um contêiner de lixo, provavelmente, já inconsciente, e deu entrada no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, às 21 horas.

No dia 31 de agosto, foram constatados indícios de morte cerebral, sendo mantido vivo com auxílio de aparelhos. No dia 1º de setembro, Reginaldo morreu.

O rapaz foi espancado até a morte pelos seguranças do Goiabeiras, Ednaldo Belo, Valdenor Moraes, Jorge Dourado Nere e Jefferson Medeiros.

Medeiros foi condenado a pena de 23 anos por homicídio e Belo, a 12 anos e seis meses. Ambos também receberam a condenação de mais um ano e oito meses por fraude processual. Já Valdenor Moraes e Jorge Nery foram absolvidos das acusações.