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Internacional
Domingo - 01 de Janeiro de 2012 às 09:57

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A polícia chilena deteve no sábado (31) um israelense acusado de provocar, por negligência, o incêndio no parque nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, que já consumiu 11.500 hectares de vegetação.

"Trata-se de um homem de nacionalidade israelense", informou o promotor Juan Melendez à rádio Cooperativa, confirmando a detenção, nas últimas horas, de um jovem de 23 anos.

  Reuters  
Bombeiros argentinos auxiliam as equipes do Chile para conter incêndio florestal na Patagônia chilena
Bombeiros argentinos auxiliam as equipes do Chile para conter incêndio florestal na Patagônia chilena

Segundo a agência de notícias Associated Press, o suspeito chama-se Roter Singer e admitiu parte da responsabilidade pelo início do incêndio.

O fogo começou na tarde de terça-feira, no setor do lago Grey, num caminho que margeia o norte de Torres del Paine, imponente grupo de montanhas visitadas anualmente por mais de 100 mil turistas e declaradas reserva da biosfera pela Unesco, em 1978.

O parque nacional Torres del Paine, na província de "Última Esperanza", possui 230 mil hectares de superfície, e fica a mais de 3.000 km ao sul de Santiago.

Até agora, foram consumidos 11.500 hectares de floresta nativa e vegetação rasteira, mas a diminuição da intensidade do vento e uma leve chuva ajudaram a deter o avanço do fogo nas últimas horas, segundo as autoridades.

O governo mobiliza a cada dia um reforço maior na região, e mais de 500 pessoas trabalhavam no local neste sábado.

  Francisco Quiroz/France Presse  
Fotógrafo capta imagem das áreas devastadas por incêndio florestal na Patagônia chilena neste sábado
Fotógrafo capta imagem das áreas devastadas por incêndio florestal na Patagônia chilena neste sábado

O presidente do Chile, Sebastian Piñera falou de uma "situação extremamente complexa, que não será resolvidas nos próximos dias".

O fogo consome uma língua rochosa acidentada, entre os cumes cobertos de neve, a 3.000 metros de altitude e um lago navegável. A mistura de florestas, arbustos e pântanos fornece, desde terça-feira, combustível às chamas.

"Estamos diante de um cenário extremo, principalmente devido à topografia, à violência dos ventos e ao estado da vegetação, altamente inflamável", explicou Vicente Nuñez, diretor do Birô nacional de emergências (Onemi).

CRÍTICAS

Ontem (30), no mesmo dia em que Piñera solicitou ajuda internacional para conter as chamas, grupos ambientalistas criticaram a demora do governo do Chile em atuar no controle ao incêndio.

O ativista Luis Mariano Rendón, da ONG Ação Ecológica e defensor do movimento "Patagônia sem Represas", destacou que, segundo os próprios dados do Executivo, na quinta-feira havia "quase mais brigadistas argentinos que membros do Exército do Chile combatendo as chamas no Parque Nacional Torres del Paine".

  France Presse  
Presidente do Chile decretou estado de "catástrofe" e pediu ajuda internacional para conter incêndio
Ambientalistas criticam demora do governo chileno em tomar providências para conter incêndio na Patagônia

Rendón afirmou que, "diante da falta de ação governamental, pudemos ver por meio das redes sociais que grupos voluntários começaram a se organizar em Punta Arenas para ir defender o Parque".

"Queríamos ver este governo, que é tão ágil para lançar água na população que luta por seus direitos, ser igualmente ágil para lançar água nas chamas que consomem nosso patrimônio natural", declarou.






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