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Politica Brasil
Quinta - 22 de Dezembro de 2011 às 21:01
Por: DANÚBIA BUREMA/GABRIEL MAYMONE

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O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB), disse preferir ficar debaixo da "lona" a pagar R$ 90 mil de aluguel pelo prédio do Legislativo. Ele também avaliou como "inadmissível" o valor de R$ 70 milhões no qual a empresa Haddad Engenheiros Associados teria avaliado o prédio.

"Veiculou-se na imprensa que os proprietários acreditam que o valor do aluguel deva girar em torno de R$ 90 mil e a propriedade em R$ 70 milhões. Eles estão de brincadeira, eu acho que não querem mesmo dar continuidade (no contrato) de forma séria", afirmou o vereador.

Na avaliação dele, os valores mencionados são exorbitantes e seu pagamento certamente seria condenado pela população. "É incabível, inconcebível, inadmissível", classificou Siufi, ao afirmar que no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) consta como valor venal do prédio apenas R$ 5 milhões.

Questionado sobre onde ficará o prédio da Câmara, Siufi disse preferir "ir para qualquer lugar" — inclusive para a "lona lá fora" — a pagar altas quantias em dinheiro pelo aluguel ou aquisição do prédio. Segundo ele, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) irá recorrer da decisão da juíza da 3ª Vara de Fazenda e Registros Públicos, Maria Izabel de Matos Rocha, que determinou a desocupação do local em 30 dias.

"A sentença foi dada em primeira instância, ainda temos a segunda e a terceira instância", afirmou o vereador, adiantando que o imbróglio jurídico envolvendo o prédio da Câmara ainda está longe de chegar ao fim.

Guerra judicial

A disputa envolvendo os integrantes do Legislativo e o empresário Jorge Haddad, proprietário do prédio onde funciona a Câmara Municipal, se arrasta há 11 anos. Ela teve início com o Ministério Público Estadual questionando os R$ 35 mil pagos mensalmente pelo aluguel do espaço, construído para abrigar o Legislativo. O local chegou a ser desapropriado pelo prefeito Nelsinho Trad, mas não houve acordo sobre os valores da indenização.

Segundo a defesa do empresário, a soma dos alugueis em atraso soma R$ 11 milhões, débito que motivou a ação de despejo. A Câmara, por sua vez, reconhece o valor de R$ 6,8 milhões devidos pelo município ao proprietário.

Para Paulo Siufi, o débito deve ser quitado, mas sem valores "majorados". "Sou contra calote. Se deve tem que pagar o valor justo, o valor que seja realmente colocado como uma forma dentro da honestidade. Agora, pagar por simplesmente pagar valores exorbitantes sou contra", concluiu o presidente da Câmara.






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