Wellington fica indignado com exoneração de Fiorenza
O coordenador da bancada federal de Mato Grosso, deputado Wellington Fagundes (PR/MT), demonstrou indignação com a decisão do governo federal de exonerar o ex-superintendente de Patrimônio da União (SPU), Milton Jorge Fiorenza, que estava há 30 anos no cargo e gozava do apoio e da confiança do governador Silval Barbosa e dos membros da bancada, em Brasília.
Ao mesmo tempo, em conversa por telefone com a reportagem do Olhar Direto, o parlamentar também deixou transparecer um sentimento de resignação com a indicação de Wilmar Schrader para o cargo em virtude da falta de resposta da ministra do Planejamento, Mirian Belchior, aos apelos dele e do governador para que Fiorenza fosse mantido no cargo.
"Reafirmamos o apoio à manutenção do Fiorenza, enviamos uma carta em nome da bancada. Mas isto [o fato] já estava consumado. Foi uma indicação que teve força. É uma decisão de governo", declarou o parlamentar.
A exoneração do ex-superintendente e do seu substituto foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (12/12) por decisão da Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento, cuja portaria estava assinada desde a última sexta-feira (9/12).
A confirmação de Wilmar Schrader é uma indicação do ex-deputado federal e atual secretário de articulação do MEC, Carlos Abicalil (PT), que acabou vencendo uma queda de braço com Silval e a bancada.
Ex-assessor de Abicalil, também conhecido pela alcunha de Faraó, Schrader foi acusado de um desvio de R$ 13 milhões após a investigação realizada pela CPI das ONG"s. De acordo com o relatório, o Instituto Trópicos, coordenado por Schrader, recebeu recursos para investir em projetos de saúde indígena em Mato Grosso, mas não prestou contas.
Na mesma decisão também foram exonerados os assessores Tânia Nunes Simões Pinheiro de Abreu, Maria de Fátima Cardoso Pena e André Luiz Andrade Bobroff. Eles foram substituídos por Viniele Patrícia Prissinote de Paula e Nilvani Olimpio de Abreu.
A SPU terá papel fundamental no processo de desapropriação de terrenos e áreas da União para as obras da Copa do Mundo em Cuiabá, além de outras ações de rotina que tramitam no órgão.
Entre esses processos figuram a doação de uma área para construção do hospital universitário Júlio Müller, considerada fundamental para a ampliação da faculdade de medicina da UFMT, e as desapropriações de áreas (Vila Militar no aeroporto Marechal Rondon e de uma área do Ministério da Agricultura) para o programa de mobilidade urbana.
Segundo apurou o Olhar Direto, mais de R$ 2 bilhões serão gastos nos processos de alargamento de avenidas visando a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e nas obras de mobilidade urbana, como viadutos e alças.
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