Oposição quer CPI para apurar desvios em desapropriações no ES
A oposição ao prefeito de Vitória (ES), João Coser (PT), tenta reunir assinaturas para instalação de uma CPI para apurar supostas irregularidades em desapropriações feitas pela atual gestão.
No final da semana, o jornal "A Gazeta", de Vitória, publicou entrevista com um ex-funcionário da prefeitura, da área de desapropriações, na qual ele afirma que algumas desapropriações eram superfaturadas em 20% acima do valor avaliado e que parte do dinheiro financiava campanhas do PT ou era entregue ao prefeito.
"A denúncia é muito grave, pois partiu de uma pessoa que foi gerente de desapropriações. Cabe à Câmara Municipal fiscalizar", disse o vereador Fabrício Gandini (PPS), autor do requerimento da CPI.
Em nota, a Prefeitura de Vitória Prefeitura negou irregularidades e solicitou ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) uma auditoria extraordinária em todos os processos de desapropriação feitos pela prefeitura.
Coser disse que pediu que fosse agendada uma audiência na Câmara Municipal de Vitória na próxima quarta-feira (14), para que possa dar as explicações necessárias.
"Os processos de desapropriação realizados na capital são pautados pela legalidade, não havendo nada de ilícito em seus atos", diz trecho da nota.
No início de novembro, o Ministério Público do Espírito Santo propôs uma ação de improbidade administrativa
contra o prefeito e outras autoridades municipais para investigar irregularidades na desapropriação de um prédio que pertencia à uma comunidade de pescadores.
A ação foi proposta com base em depoimentos do ex-servidor, que disse ter recebido oferta de propina no valor de R$ 60 mil para que não denunciasse o suposto esquema.
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