O autor do projeto, deputado estadual Mauro Savi (PR), ressalta que nos últimos três anos, o Brasil conseguiu construir mais de 100 mil cisternas
Estado pode criar linha de crédito para construção de cisternas

A Assembleia Legislativa aprovou a criação, por parte do Governo do Estado, de linhas de crédito para subsidiar a instalação de sistemas de captação de água de chuva e a construção de cisternas. A medida visa garantir água para limpeza de calçadas, rega de jardins, limpeza de automóveis, higiene dos animais, banheiros e vários outros fins durante o período de seca.

De acordo com o projeto aprovado, que aguarda a sanção governamental para se tornar Lei, o incentivo vale para proprietários de imóveis residenciais, comerciais e rurais e também prevê o financiamento de projetos e estudos técnico-científicos que visem aprimorar o sistema de coleta da água de chuvas, seu armazenamento e utilização.

O autor do projeto, deputado estadual Mauro Savi (PR), ressalta que nos últimos três anos, o Brasil conseguiu construir mais de 100 mil cisternas, capazes de armazenar cerca de 1,5 bilhões de litros de água, na região em que ela mais faz falta, o semi-árido brasileiro, na região Nordeste. "Já passou da hora do Estado, principalmente os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, adotar essa prática também, pois sabemos que na época da seca a falta de água é constante", ponderou.

O parlamentar também observa que a coleta de água da chuva é comum em muitas partes do mundo. Normalmente a água é recolhida dos telhados da casa e armazenada em cisternas ou mesmo em recipientes que vão desde pequenos baldes até grandes tanques. "A idéia é simples, funcional, pouco onerosa e ecologicamente correta", frisou.

Além disso, o re-uso de água da chuva diminui a pressão sobre os cursos d"água, desonera os serviços públicos, gera uma economia financeira e ambiental incalculável, além de reduzir a demanda na drenagem pluvial.

Mauro Savi lembra ainda que o consumo de água aumenta anualmente e o fornecimento torna-se mais escasso na mesma proporção. "Não temos como ignorar a necessidade de economizar água potável. É preciso tomar medidas urgentes que evitem a escassez desse bem finito", finalizou.