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Politica Brasil
Sexta - 09 de Dezembro de 2011 às 10:09

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O senador Jayme Campos (DEM-MT) cobrou nesta quinta-feira da ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, a construção de eclusas para a exploração do potencial das hidrovias, dentro da expansão das hidrelétricas previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, onde a ministra foi chamada para prestar contas sobre as obras com recursos aplicados pelo PAC.

Jayme Campos relatou “os graves problemas” enfrentados em Mato Grosso que vêm da saúde, da educação e da segurança pública. Jayme Campos citou a questão de logística como um dos grandes gargalos do estado. “Mato Grosso tem dimensão continental. São 900 mil quilômetros quadrados. Temos tudo para ser um grande produtor e para contribuir sobremaneira com a balança comercial. O nosso gargalo é na infraestrutura. Precisamos implantar com urgência o transporte intermodal. Hoje transportamos de forma precária a nossa produção por mais de 1.700km, ao longo da BR-163, indo para os portos de São Paulo, do Paraná, entre outros”, relatou.

O parlamentar questionou, ainda, os estudos da obra de duplicação da BR-163, de Rondonópolis. “O primeiro trecho está sendo executado da cidade de Rosário Oeste até Posto Gil, entretanto, pelo conhecimento, pelas informações que temos, não há ainda nem projeto definitivo”, cobrou Jayme Campos, ao lembrar que a direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) negou haver projeto, apesar da previsão dentro do PAC.

Rodovia da Morte - Jayme Campos pediu a Miriam Belchior a prestação de contas do trecho Rondonópolis-Cuiabá-Posto Gil “que passa por cidades como Jaciara, Juscimeira, São Pedro, Várzea Grande, Jangada, Nobres e outras do Mato Grosso”. O senador quis saber se de fato em 2012 a obra será iniciada e, se possível, concluída até 2014. “Esta é a rodovia da morte. Segundo dados estatísticos da Polícia Rodoviária, todos os dias, acidentes graves acontecem”, ponderou. O parlamentar ressaltou que a obra é prioritária. “É a obra dos sonhos da redenção, não só da região Sul, mas de todo o estado”, afirmou o parlamentar.

O senador também quis saber se a Ferrovia Centro-Leste vai sair do papel. “No relatório do PAC, foi mencionada a Ferrovia Centro-Leste, que demanda de Uruaçu, em Goiás, até Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, com uma variante para o estado de Rondônia. Essa obra vai sair ou é apenas uma lenda, um sonho de verão? Porque aqui está bonito, está ótimo, mas há uma expectativa muito grande em relação a essa obra”, argumentou Jayme Campos.

Ministro da Pesca – Jayme Campos também participou da audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) que ouviu o ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, sobre as ações de sua pasta para os próximos anos. O senador cobrou mais ações de fomento à atividade aquícola no país e no estado de Mato Grosso e criticou a importação que o Brasil faz de pescado.

“Dados da Embrapa, informam que o Brasil importa anualmente mais de 350 milhões de dólares em pescado, o que não condiz com o fato de termos uma das maiores faixas costeiras do mundo com mais de 8.500 km de extensão e uma área superior a 3.5 milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva. Quando é que nos tornaremos exportador?”, questionou o senador, lembrando ainda o fato de o País deter a maior quantidade de água doce do planeta.

O ministro Luiz Sérgio, concordando com Jayme Campos, lembrou que o ministério tem apenas dois anos e ressaltou que há, pela falta de investimento no passado, “uma grande demanda reprimida para o setor”. Ele afirmou que um dos caminhos para superar esse déficit é investir na produção de pescado em cativeiro. “Aumentar o consumo interno é um dos desafios da pasta e o ministério tem trabalhado para que o peixe chegue à mesa do brasileiro”, disse Jayme Campos.






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