AMM fomenta desenvolvimento econômico e social dos municípios mais carentes
O desenvolvimento econômico baseado na sustentabilidade e inclusão social é a base do novo projeto lançado pela Associação Mato-grossense dos Municípios com o objetivo de combater as desigualdades que caracterizam várias regiões de Mato Grosso. Com foco nos municípios mais carentes, a AMM elaborou um projeto para implantação de polos de confecções em localidades que se caracterizam pela economia estagnada ou exaurida. Esse grupo compreende 105 municípios de Mato Grosso, de acordo com uma classificação própria, elaborada pela equipe técnica da AMM. Conforme a metodologia adotada pela instituição, 22 municípios apresentam economia dinâmica e 14 moderada, totalizando as 141 cidades mato-grossenses.
De acordo com o ordenamento da AMM, as cidades com economia dinâmica, caracterizam-se pelo PIB per capita ao menos 50% acima da média estadual e população em crescimento; economia moderada apresenta PIB per capita acima da média estadual não chegando a 50%, e população em crescimento; no grupo de economia estagnada estão as cidades com PIB per capita abaixo da média estadual, mas com população em crescimento e os exauridos são os municípios com PIB per capita abaixo da média estadual e com população que não apresenta crescimento.
Partindo desse conceito é que a AMM elaborou o Programa Estadual de Implantação de Polos de Confecções em Municípios de Economias Exauridas e Estagnadas, que surge como uma alternativa de exploração do potencial dos municípios, de forma sustentável.
Ancorado na geração de emprego para pessoas em risco social e no fortalecimento da economia dos municípios, o programa visa orientar a criação de polos de confecção que vão passar a industrializar uma quantidade maior do algodão, que atualmente sai do estado em grande escala ainda in natura ou nas primeiras fases da industrialização.
A proposta visa o aproveitamento de uma das principais culturas agrícolas e que tem perspectiva de crescimento em Mato Grosso. Segundo o Instituto Mato-grossense de Algodão, a colheita do produto deve chegar a mais de um milhão de toneladas em 2012. Apesar de todo o potencial do estado na produção, a quantidade do algodão confeccionado em Mato Grosso é de apenas 8,5%, e desse total, apenas 4% são beneficiados em peças de roupas.
A intenção é ampliar as possibilidades para que pequenas confecções possam ser criadas nos municípios atendidos pelo programa. A proposta já entrou em uma pauta de discussão com o governador Silval Barbosa para que o estado possa encampar o projeto.
O presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá, disse que a intenção é despertar a vocação econômica dos municípios e possibilitar oportunidade de emprego para famílias em risco social. Meraldo salientou que muitas cidades que atualmente enfrentam crise financeira já viveram o apogeu econômico, com atividades que se esgotaram com o tempo, como o extrativismo mineral. “A AMM tem a preocupação de fomentar o desenvolvimento sustentável desses municípios para que se desenvolvam e ajudem o estado a crescer”, assinalou.
O projeto do pólo de confecções foi elaborado pela AMM com base no trabalho desenvolvido em Nortelândia, onde a prefeitura viabilizou a geração de empregos para dezenas de famílias que estavam sem renda. Através da criação de cooperativas, que também compreende a atividade têxtil, o prefeito Neurilan Fraga fomentou a retomada do crescimento econômico local.
Atenta a essa realidade, a atual diretoria da AMM também aposta na elaboração de projetos modelos de agroindústrias de abatedouro de aves, bovinos, suínos, laticínio, despolpadeira, farinheira e Casa do Mel.
Essa foi uma das principais inovações da atual gestão visando criar novas alternativas econômicas que seguissem todas as etapas necessárias para o desenvolvimento completo da cadeia produtiva de cada atividade.
A equipe também viabiliza a certificação ambiental junto aos órgãos competentes, como Indea, Vigilância Sanitária e Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Todas essas etapas são necessárias para que o projeto esteja apto a receber recursos de bancos oficiais como o Banco do Brasil, que possui linhas de crédito disponíveis para investimento nos municípios. Muitos desses financiamentos se referem a recursos não reembolsáveis, com o objetivo de apoiar iniciativas de caráter social para geração de empregos, entre outras atividades relacionadas ao desenvolvimento regional.
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