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Politica Brasil
Domingo - 04 de Dezembro de 2011 às 14:02
Por: Mirelle Irene

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O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (PT), participou  ontem (03) de seminário sobre gestão de recursos públicos, promovido pela prefeitura de Goiânia. Questionado sobre a crise envolvendo a demissão de cinco ministros no primeiro ano de governo Dilma Rousseff (PT), por denúncias de corrupção, o petista procurou minimizar o impacto político dos fatos.

"Essa questão dos ministros é muito natural dentro do governo. No governo do presidente Fernando Henrique vários ministros saíram, no do presidente Lula nós perdemos ministros que eram muito importantes para nós. E assim também aconteceu ao longo deste ano", disse. O ministro afirmou que, até agora, quem cometeu erros ou se colocou em situação politicamente insustentável foi afastado ou acabou se afastando do governo.

Carvalho disse que a ética é muito importante para Dilma, mas com o cuidado necessário ao devido processo legal. "Não se pode julgar ninguém, ou condenar, por uma denúncia. Você tem que ter a prudência para ir até o final de cada uma das denúncias", acredita o ministro.

Carvalho, no entanto, acha que Dilma tem sido firme ao conduzir a crise nos ministérios. "Ela não tolera, de fato, aquilo que não é bem feito, ela é muito exigente neste padrão, e o Brasil ganha com isso", aposta. Gilberto Carvalho não quis emitir sua opinião sobre o caso do ministro Carlos Lupi, da pasta do Trabalho, que atualmente sofre denúncias de corrupção. Ele delegou à presidente a responsabilidade de dizer se Lupi fica ou cai do governo. "Esse assunto é de exclusiva competência da presidenta. Ela que analisa e toma as providências".

Lupi é suspeito de se beneficiar de um suposto esquema de propina envolvendo organizações não governamentais (ONGs) conveniadas com o Ministério do Trabalho. Ele também terá que explicar à Presidência se ocupou, simultaneamente, dois cargos públicos de assessor parlamentar.

ONGs
Carvalho criticou também a, segundo ele, tentativa de "criminalização" das ONGs no Brasil, criticadas pela oposição. As entidades estiveram no centro das denúncias contra alguns ministros que saíram do governo sob suspeita, como Orlando Silva, ex-titular nos Esportes. "Não podemos aceitar isso, porque, se nós fôssemos calcular o que o Estado economiza com a ação dos movimentos sociais, das entidades, é astronômico", disse o ministro. "Não é o desvio de um ou outro que pode fazer com que a gente afaste do governo estas entidades", completou.





Fonte: Terra

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