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Quinta - 17 de Outubro de 2013 às 18:36

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Sandra, Karina e Elisa foram mortas a facadas em casa (Foto: Arquivo pessoal)

Sandra, Karina e Elisa foram mortas a facadas em casa
(Foto: Arquivo pessoal)

Antes do julgamento do ex-padrasto, a jovem Kamila Fernanda D"Aghetti disse confiar na Justiça e alegou que há provas suficientes para condenar José Carlos da Silva, de 46 anos, pela morte da mãe, Sandra D"Aghetti, de 36 anos, e duas irmãs dela, lisa Amorim D"Aghetti e Karina Fernanda D"Aghetti, de 13 e 15 anos, em outubro do ano passado. O réu será julgado na tarde desta quinta-feira (17), pelo Tribunal do Júri, no Fórum de Cuiabá. "A expectativa é muito grande. Temos provas suficientes para que ele [ex-padrasto] seja condenado com a pena máxima", disse a jovem, que é uma das testemunhas que devem prestar depoimento perante os jurados durante o julgamento.

"Agora é rezar e deixar que a Justiça da terra seja feita", afirmou Kamila, ao se dizer na expectativa da condenação do ex-marido da mãe. Ela disse que não apoiava o relacionamento da mãe, Sandra D"Aghetti, com o réu porque ele era muito agressivo. Segundo a testemunha, a mãe conheceu o acusado em uma escola particular, em Cuiabá, onde os dois trabalhavam na época. Porém, a relação era conturbada e, por isso, se separaram e reataram várias vezes por conta do ciúmes que o acusado sentia da mãe.

Ela contou ainda que o padrasto agredia os irmãos dela e a mãe não aceitava. Isso seria um dos maiores motivos das discussões que o casal tinha. Quando ocorreu o triplo homicídio, Sandra estava namorando há três meses outra pessoa, que era professor da escola onde ela trabalhava e também é uma das testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

julgamento padrasto acusado de matar mulher e enteadas (Foto: Ianara Garcia/ TVCA)

Portas devem ser mantidas abertas durante julgamento
(Foto: Ianara Garcia/ TVCA)

Por suspeita de tuberculose, José Carlos estava em uma ala separada na Penitenciária Central do Estado (PCE), na capital. Em razão disso, as portas do Tribunal devem ser mantidas abertas para evitar eventual contaminação das pessoas que acompanham o julgamento.

Em depoimento à Justiça, Kamila contou que alguns dias antes da mãe morrer, alguém tinha colocado fogo na garagem da casa dela e pichado o muro da casa dizendo que se ela não se separasse do atual namorado ela e as filhas seriam mortas. A jovem disse suspeitar do ex-padrasto, porém, a mãe não demonstrava desconfiar dele.

Em março deste ano, José Carlos negou durante audiência ter cometido o crime e, em meio a uma história confusa, disse que estava no local do crime quando um suposto homem entrou no local e matou as vítimas. Afirmou não saber de quem se tratava. A versão inicial apresentada por ele logo após ser preso, no entanto, era de que havia cometido o crime por não aceitar o relacionamento de cerca de 10 anos com a vítima.

"Perguntei para a Sandra se ela havia fechado a porta e, quando ela saiu para fora, ouvi ela brigando com alguém. Depois, um homem alto entrou e me agarrou pelo pescoço, pisou em mim e apontou uma arma para a minha cabeça. De repente, não ouvi mais a voz da Sandra. Tentei sair e ouvi a voz da Karina dizendo: porque fez isso com a minha mãe?", alegou o acusado à época. Depois disso, disse ter sido encapuzado com a própria camisa e levado pelos supostos criminosos para outro local.

O crime
Sandra e as duas filhas foram mortas a facadas durante a madrugada e foram encontradas no dia seguinte pela sobrinha da vítima, que mora em uma casa próxima. Em seguida, a garota chamou a mãe, Márcia D"Aghetti, irmã de Sandra. Para arrombar a porta e invadir a residência, o acusado utilizou um "pé-de-cabra", que foi encontrado na cozinha pelas testemunhas, conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE).

Assim que encontrou as vítimas, o suspeito passou a desferir os golpes. A ex-mulher de 36 anos foi encontrada morta em cima da cama. Uma das filhas dela, de 14 anos, morreu no chão do quarto. Na conclusão do inquérito, o delegado Antônio Sperândio, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que conduziu o inquérito policial sobre o caso, disse que as vítimas tentaram reagir às agressões por conta das marcas encontradas no corpo e de sangue no chão da casa.





Fonte: Do G1 MT

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