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Policia MT
Quinta - 01 de Dezembro de 2011 às 18:06

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A Polícia Judiciária Civil esclareceu o assassinato de um pecuarista da região de Cáceres (225 km a Oeste), na operação “Fazenda”, desencadeada nesta quinta-feira (01.12). O crime aconteceu no dia 02 de novembro de 2011, na entrada da fazenda “Nossa Senhora Aparecida”, a 708 quilômetros de Cáceres, que dá acesso a fazenda “Santana”, arrendada pela vitima,  Vitor Sato, primo do vice-prefeito de Cáceres.
 
A vítima foi executada com vários disparos de arma de fogo. O mandante e o executor foram presos e com eles apreendidos quatro armas de fogo e dezenas de munições.
 
O crime foi encomendado por Luiz Gonzaga da Silva, que desejava retirar Vitor Sato da “Fazenda Santana, arrendada pela vítima em contrato que se encerraria no ano de 2015. O acusado contratou Edson de Jesus Neves, para executar a vítima e assim tomar posse da fazenda.
 
Mandante e executor foram presos por mandado de prisão preventiva, requeridos nas investigações comandadas pelo delegado, Rogers Elizandro Jarbas, e decretadas pela 2ª Vara Criminal de Cáceres. Na casa deles foram cumpridas busca e apreensão domiciliar.
 
As buscas foram realizadas nas residências dos presos, os policiais apreenderam 3 armas de fogos e cerca de 110 munições de calibres variados. No sítio de Luiz Gonzaga da Silva, os policiais encontrados duas arma de fogo, sendo uma carabina, calibre 38, carregada com três munições intactas, uma espingarda de pressão calibre “4.5”, uma caixa de chumbos calibre “4,5” e três aparelhos celulares. Já na residência de Edson de Jesus Neves foram apreendidos uma espingarda calibre 22, uma pistola calibre 380, 11 munições calibre 380, 77 munições calibre 22, três aparelhos celulares, um coldre para revólver, uma luneta e uma moto serra.
 
Ambos foram presos em flagrante pela prática do crime de posse de arma de fogo e de munição de uso permitido.
 
As investigações descobriram que a “Fazenda Santana” pertencia Mario Hayashida, que depois de sua morte, passou a ser administrada por uma de suas herdeiras, que arrendou a fazenda, por meio de contrato escrito, a vítima Vitor Sato, pelo período de 10 anos.
 
De acordo com o delegado, a vítima Vitor Sato assim que se apossou da fazenda, fez inúmeros empréstimos bancários com o fim de desenvolver atividades agrícolas e de pecuária, que hoje ultrapassam R$ 1,2 milhão, e passou a viver de renda dos empreendimentos.
 
No ano de 2010, Luiz Gonzaga da Silva teria se interessado pela compra da fazenda, vindo a adquiri-la em novembro do mesmo ano, quando então passou a manter contato com Vitor Sato para rescindir o contrato de arrendamento. Entretanto, Vitor exigia em valor julgado exorbitante por Luiz Gonzaga, cerca de R$ 300 mil. Devido ao alto valor, nunca houve qualquer tipo de acordo entre as partes.
 
Dias antes de Vitor Sato ser morto, ele esteve no estabelecimento comercial de uma das testemunhas ouvida nos autos e contou que havia sido ameaçado de morte por Luiz Gonzaga da Silva, caso não retirasse o seu gado da fazenda.
 
Ainda segundo as investigações realizadas pela divisão de homicídios do Centro Integrado de Segurança de Segurança e Cidadania (CISC), de Cáceres, Vitor Sato, diante de ameaças de morte, passou a andar armado, fato presenciado por uma das testemunhas ouvidas. A arma de fogo foi localizada em poder da vítima e apreendida pelos peritos que estiveram no local do crime.
 
Diante das recusas da vítima em deixar a propriedade, Luiz Gonzaga contratou Edson de Jesus Neves para matá-la. “Visando exclusivamente retirar Vitor Sato da fazenda recentemente adquirida, haja vista que o contrato de arrendamento somente se encerraria no ano de 2015”, disse o delegado Rogers Jarbas.






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