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Terça - 22 de Novembro de 2011 às 17:18
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Secom-MT/Top News
Pms foram chamados para monitorar a ocupação, na entrada da usina, em Aripuanã
Pms foram chamados para monitorar a ocupação, na entrada da usina, em Aripuanã

Cerca de 60 índios das etnias arara e cinta-larga ocupam, desde a manhã de segunda-feira (21), o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Dardanelos, que está sendo construída no Rio Aripuanã, na cidade do mesmo nome (1.002 km ao Noroeste de Cuiabá).

Com capacidade para gerar 260 megawatts de energia, a usina já está em construção há três anos e a previsão é de que entre em operação no início do próximo ano.

O presidente da Associação Indígena dos Araras e também um dos líderes do movimento de ocupação, Amazonildo Arara, disse que a ação foi necessária para chamar a atenção da empresa responsável pela obra e do Governo Federal, para o descaso com que as reivindicações feitas pelas comunidades - quando do início da construção da obra - estão sendo tratadas.

Amazonildo disse ao MidiaNews, por telefone, que o movimento está sendo pacífico e nega que tenham feito operários da obra como reféns, soltos após intervenção da Polícia Militar, como foi veiculado pela imprensa.

"Houve um pequeno desentendimento ontem (com dois engenheiros da obra), mas nunca fizemos reféns. É um movimento pacífico", afirmou o índio.

O presidente disse ainda que a Fundação Nacional do Índio (Funai) já avisou que não vai apoiar o movimento e que eles estão buscando o apoio de outras comunidades indígenas, para massificar o movimento na entrada do canteiro de obras.

O índio afirmou que, enquanto não tiverem todas as reivindicações atendidas, irão manter a ocupação.

"Não posso dizer quais serão as nossas próximas atitudes, porque depende de como eles (empresa e Governo Federal) vão reagir", disse Amazonildo.

Reivindicações

Na lista de exigências montada pelos indígenas - como compensação pelos impactos ambientais que serão gerados pela hidrelétrica -, estão o plantio de plantas frutíferas e melhorias na sede da associação e a manutenção dos veículos já entregues pela empresa.

Segundo Amazonildo, a associação não tem suporte para energia elétrica e não possui pontos de telefone e internet, que fazem parte das exigências feitas. Além disso, as caminhonetes foram entregues, com IPVA dos próximos anos anos pagos, mas nada foi dito a respeito de suporte e manutenção dos veículos.

"Nenhum veículo agüenta mais de três anos sem manutenção. Todo mundo sabe disso. Queremos a concretização de tudo o que combinados antes e mais auzílio na manutenção do que conseguirmos", reclamou o índio.

Custeio de ensino e cursos de faculdade, bem como construção de novas moradias, também integram a lista de solicitações das comunidades.






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