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Cultura
Quinta - 17 de Novembro de 2011 às 11:53

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Há um misto de desejo e morte, causa e consequência, responsabilidade e decisões, que marca profundamente "Amanhecer - Parte 1". Não é mais spoiler contar que neste início do fim, Ed e Bella se casam, que ela engravida durante a lua de mel no Brasil, precisa voltar imediatamente para Forks. E tem de encarar as consequências. "Ela decide ter o bebê, contrariando todos, tanto a família lobo quanto sua nova família vampiro. O bebê pode matá-la. É meio humano, meio vampiro. E nem Ed e nem Jacob querem perdê-la. Mas seu instinto maternal enfrenta a todos, mesmo que isso signifique a morte e a guerra entre lobos e vampiros. Complexo, não?", pergunta o diretor Bill Condon.

 

 

Sim. Complexo. É um drama familiar, com poucas cenas de ação a que os fãs se acostumaram. Estas devem estar guardadas para a segunda parte do fim, certo? "Certíssimo. Mas sabe que filmar cenas íntimas foi mais difícil que filmar as lutas sangrentas do segundo?", conta o diretor, responsável por belos trabalhos como "Kinsey - Vamos Falar de Sexo" (2004) e "Deus E Monstros" (1998). Então vem de fato mais sangue por aí? "Claro! Como não poderia deixar de ser. Bella se torna vampira e guerreira poderosa. Tão poderosa quanto foi na hora do parto."

 

Por falar nisso, "Amanhecer - Parte 1" é de fato o menos convencional filme da série. Afinal, sua cena mais sangrenta, assustadora e perigosa é um... parto! Não foi, portanto, à toa que Condon foi o diretor convidado para dirigir este último capítulo (que já tinha contado com nomes como Catherine Hardwicke, Chris Weitz e David Slade). Condon é mestre em criar atmosferas tensas em tramas intimistas e complexas. "Faz mesmo sentido. Tive medo no início, pois todos do elenco já se conheciam, já sabiam tudo sobre a história. Mas era um filme cujo drama familiar, cuja defesa do que de fato é importante na vida, era tão importante, que ter alguém alheio à trama vampiresca como eu acabou sendo bom na hora de criar a intimidade necessária."

 

Por falar em intimidade, é sob a atmosfera tropical do Brasil que Bella e Ed pela primeira vez ficam sozinhos e "íntimos" de fato. "Sim, Isto também está no livro. A Stephenie Meyer tem este fascínio pelo Brasil. Talvez porque a espontaneidade brasileira simbolize a liberdade de ceder pela primeira vez ao desejo que os dois têm", comenta Condon.

 

Pattinson e Kristen concordam. "Mesmo que eles fiquem jogando xadrez durante boa parte da viagem, foi tudo tão especial que eles não poderiam não ter sido mais felizes", conta Kristen, que vê na escolha de Condon o nome ideal para ajudar o elenco todo a amadurecer junto. "No Brasil, para ciúme do restante do elenco, éramos só eu e o Ed quase em todas as cenas, naquela casa linda. Tinha de haver intimidade de casal, tínhamos de aprender a ser adultos como nunca havíamos sido. E não foi à toa que a cama terminou quebrada depois da primeira noite (risos)." Pattinson aprova o nome de Condon e a mudança de diretores a cada episódio. "Gosto de pensar que cada filme é independente. E ter um novo diretor ajuda muito nisso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

Título original: The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1.

Direção: Bill Condon. Gênero: Drama (EUA/2011, 135 min.).

Censura: 14 anos. Estreia sexta.






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