Bovespa segue os EUA e cai, em dia de poucos negócios

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda nesta segunda-feira, em dia esvaziado de negócios devido ao feriado de terça-feira. O movimento no mercado doméstico segue o das Bolsas nos Estados Unidos.

Os investidores continuam atentos aos problemas na Europa, enquanto Itália e Grécia correm para formar governos técnicos em uma tentativa de salvar a zona do euro da crise da dívida atual. Além disso, dados mostraram hoje que a região está enfrentando uma recessão iminente.

O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, opera em queda de 0,52%, aos 58.244 pontos. Na sexta-feira, a Bovespa fechou em forte alta de 2,14%. Nos EUA, o Dow Jones cai 0,56%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,768, em alta de 1,37%.

A produção industrial da zona do euro caiu 2% em setembro ante agosto, revertendo o ganho de 1,4% registrado em agosto ante julho. Trata-se do pior resultado desde fevereiro de 2009, aumentando as expectativas de uma forte contração da atividade da indústria e de uma possível recessão econômica.

As principais Bolsas europeias fecharam em queda de 0,47% (Londres), 1,28% (Paris) e 1,18% (Frankfurt).

"Na semana passada, os mercados escolheram tratar o copo como metade cheio, interpretando a troca de líderes na Itália e na Grécia como positiva, mas isso não significou anda para curar os problemas atuais", disse Mark Luschini, chefe de estratégia de investimentos na Janney Montgomery à Reuters.

Há ainda a expectativa do que será feito pelo novo premiê da Itália, Mario Monti, nomeado ontem após a renúncia de Silvio Berlusconi no sábado.

Conti começa a realizar consultas hoje com partidos e sindicatos para a formação de um novo governo italiano que convença os mercados e os sócios da UE (União Europeia) de que o país possui a capacidade para balancear suas contas públicas.

Na Grécia, o novo premiê Lucas Papademos vai conversar com o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, antes de apresentar seu plano para os parlamentares.

No Brasil, o boletim Focus apontou que o mercado reduziu as estimativas para a taxa Selic em 2012, para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e para o IPCA (inflação oficial) em 2011 e 2012.

A previsão para a Selic, a taxa básica de juros, em 2012 passou de 10,5% para 10%. A projeção para o crescimento do PIB teve queda, de 3,20% para 3,16%. Já a estimativa do IPCA para este ano baixou de 6,50% para 6,48%. Enquanto para 2012, o percentual caiu de 5,57% para 5,56%.

Também foi divulgado o resultado da balança comercial na segunda semana de novembro, com superavit de US$ 1,575 bilhão. No mês, o saldo comercial está positivo em US$ 1,032 bilhão. Já no ano, o superavit é de US$ 26,422 bilhões.