A procuradoria geral e o Congresso estão investigando se Chehade, um dos dois vices de Humala, pediu a um general da polícia que ajudasse seu irmão a expulsar trabalhadores de uma cooperativa canavieira, para beneficiar uma empresa que deseja assumir o controle do negócio.
"Para mim, a questão terminou. Ele se afastou. Já havíamos dito que a melhor coisa para ele seria se afastar, e foi o que ele fez", disse Humala ao jornal El Comercio durante passagem pelo Havaí (EUA), onde participou da cúpula de países da Ásia/Pacífico.
"Ele não pertence ao Poder Executivo, então não temos nenhuma relação com ele a esta altura", disse Humala, eleito presidente por uma estreita margem de votos em junho, com promessas de combate à corrupção.
Humala não tem poderes para demitir Chehade, que é o segundo-vice-presidente, já que a Constituição peruana estabelece que somente o Congresso pode destituí-lo, por meio de um processo de impeachment.
Há uma semana, Humala defendeu em rede nacional de TV que seu vice renunciasse. Chehade respondeu declarando-se inocente e dizendo que, em vez de renunciar, se absteria de exercer a única função do seu cargo: substituir o presidente durante as viagens dele ao exterior.
Críticos dizem que a oferta é inócua, já que normalmente o cargo seria transferido à primeira-vice-presidente, Marisol Espinoza.
(Reportagem de Terry Wade e Teresa Cespedes)
Comentários