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Segunda - 14 de Outubro de 2013 às 18:57

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Trabalhadores sem-terra e assentados liberaram às 12h o trecho da BR-070 no quilômetro 725, em Cáceres, a 220 km da capital, que era mantido bloqueado desde o início da manhã desta segunda-feira (14). No entanto, continua o outro bloqueio que é feito por integrantes do mesmo grupo na BR-364 no trecho urbano de Rondonópolis, na ponte sobre o Rio Vermelho, localizado a 218 km de Cuiabá. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, cerca de 100 pessoas mantêm o trecho interditado. Apenas ambulâncias e carros de polícia passam pelo local e o congestionamento nos dois lados da pista chega a cinco quilômetros.

Protesto de manifestantes na BR-364, em Rondonópolis. (Foto: Varlei Cordova/Agora MT)

Manifestantes bloquearam tráfego nesta segunda na BR-364
em Rondonópolis. (Foto: Varlei Cordova/Agora MT)

O bloqueio nos dois trechos começou pela manhã e só foi liberado às 12h. Na BR-070 o protesto não foi retomado. Já na BR 364, os manifestantes retomaram os protestos e fecharam novamente o trecho às 14h. Em Cáceres, o bloqueio começou às 7h e, em Rondonópolis, pouco tempo depois, às 9h. Equipes da polícia estão no local para alertar os motoristas sobre as interdições. Por conta dos bloqueios, filas de veículos se formaram nos pontos durante a manhã.

Reivindicações
Conforme a assessoria do "Movimento Unitário", como é chamado o grupo que reúne cinco entidades, entre as reivindicações dos manifestantes estão a agilidade nos processos de assentamento, a liberação de cestas básicas e mais investimentos aos pequenos agricultores. Eles querem também uma reunião com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para tratar dessas questões.

A assessoria regional do Incra informou ao G1 que uma pauta de reivindicações apresentada anteriormente pelos manifestantes já está sendo cumprida dentro do prazo estabelecido. Alegou ainda que, por causa dos protestos e da ocupação do prédio do Incra, a reunião com os representantes desses grupos, prevista para esta terça-feira (15), poderá ser cancelada.

O grupo, formado por assentados e sem-terra, cobra o assentamento imediato de 7.320 famílias que encontram-se acampadas; a regularização de 20 áreas, além da retomada imediata das seguintes áreas da União: Marzagão (Rosário Oeste e Nobres), Macaca (União do Sul), Mestre I (Jaciara), Gleba Ribeiro (Guiratinga), Gleba Iriri (Matupá), Grandene (Cáceres), Iandú (Novo Mundo), Lauro (Terra Nova do Norte), Espora de Prata (Rondonópolis), Jatobá (Jaciara), Velha (Alto Paraguai) e Gama (Nova Guarita).

Eles também reivindicam investimentos em infraestrututura, bem como a recuperação e abertura de estradas, recuperação e construção de pontes ou manilhamento, abertura de poços artesianos e construção de redes de distribuição de água, rede de distribuição de energia do programa Luz Para Todos, do governo federal, além da construção de espaços de convivência, articulação de produção e comercialização nos assentamentos.

Na pauta ainda constam a desburocratização de acesso aos créditos, fomento e habitação para todas as famílias assentadas, apoio às Políticas de Economia Solidária e assistência técnica às famílias assentadas. Alguns pedidos são simples, como a liberação de 500 rolos de lona e a liberação de cestas básicas. A realização do Cadastro Ambiental Rural e Licenciamento Ambiental único também estão na lista de reivindicações.





Fonte: Do G1

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