O PDT, legenda cujo presidente licenciado é o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, negou na quarta-feira (09) que o partido tenha ameaçado a presidente Dilma Rousseff e disse que a escolha do comandante da pasta é exclusiva da chefe do Poder Executivo. A manifestação dos pedetistas ocorre após Lupi, cujos subordinados participariam de um suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs), ter provocado insatisfação no Palácio do Planalto por ter afirmado que só deixaria o cargo no governo "abatido à bala".
"O presidente nacional - licenciado - do PDT e ministro de Estado do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, sabe que cabe à presidente da República, única e exclusivamente, nomear e exonerar, a qualquer período, seus ministros colaboradores", disse, em nota, o presidente em exercício da legenda, deputado André Figueiredo (PDT-CE).
"Eu duvido que Dilma faça (a demissão)", afirmou Lupi ontem. "Vou carregar o caixão de muita gente que quer ver o meu carregado", disse o ministro na terça-feira, ao se defender de acusações de corrupção na pasta do Trabalho. "O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi a primeira sigla partidária, ainda no primeiro semestre de 2010, a fechar apoio à então candidata Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, sem que para isso tenha feito acordos sobre possíveis espaços no governo federal em sua eventual vitória, confirmada em novembro de 2010", disseram os pedetistas.
De acordo com reportagem da revista Veja , o Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, teria sido um dos alvos do esquema de cobrança de propina no ministério, tendo sido orientado a verificar com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação, como pagar propina e conseguir parcerias com o governo.
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