Acusado de mandar matar pró-reitora vai a júri

Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como mandante do assassinato da pró-reitora Soraiha Lima Miranda e de outros dois servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no caso, o prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo e o professor do curso de Zootecnia, Alessandro Luís Fraga, o servidor público federal, Luiz Tabory enfrentará júri popular nesta quinta-feira (10). O julgamento começa às 9h no edifício sede do Tribunal do Júri da Comarca de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá), cidade onde ocorreu o crime na noite do dia 27 de novembro de 2007 no bairro Colina Verde, quando as vítimas chegavam de carro na casa da pró-reitora. O Júri deve ser presidido pela juíza federal, Tânia Zucchi de Moraes.

Segundo a denúncia do MPF, Jorge Tabory prometeu R$ 3 mil ao amigo dele, o lavador de carros Jaeder Silveira dos Santos, para matar a pró-reitora da UFMT. O objetivo do crime era manter o contrato irregular da empresa de lavagem de carros Valdir de Carvalho-ME com UFMT. A empresa era de propriedade do servidor público Jorge Tabory e estava sendo alvo de uma rigorosa fiscalização e controle de execução dos serviços por parte da pró-reitora.

Simulando um assalto, Jaeder dos Santos disparou quatro tiros contra a pró-reitora e os 2 servidores por volta das 23h30. As três vítimas voltavam de uma viagem a trabalho a Cuiabá quando, segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, um homem encapuzado os surpreendeu. O criminoso atirou cinco vezes contra o carro da UFMT e fugiu a pé levando os pertences das vítimas.

Em janeiro de 2008, o MPF denunciou Jaeder Silveira dos Santos por homicídio qualificado. Ele foi condenado a 29 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado na Câmara de Vereadores daquele município no dia 2 de dezembro do mesmo ano e durou cerca de 17 horas. Pelo crime também foi denunciado Jorge Luiz Tabory também por homicídio qualificado e posse irregular de arma de fogo.