O ano de 2011 promete ser um dos mais violentos. Neste fim de semana, a Polícia completou na Grande Cuiabá a marca de 326 assassinatos, dois a mais que o ocorrido no ano passado inteiro, conforme dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Na lista dos assassinatos incluem os homicídios, latrocínios e também lesões corporais seguidas de morte. Faltando 55 dias para o término do ano, 2011 poderá encerrar com mais de 350 assassinatos, sendo um dos mais violentos dos últimos 10 anos.
Em sete dias de novembro, foram cinco assassinatos, sendo duas em Várzea Grande e três em Cuiabá. Para se ter idéia do ritmo da violência, a marca de 300 homicídios no ano passado, ocorreu no dia 7 de dezembro. Até o dia 31 daquele mês, foram mais 24 assassinatos. Os dados da Polícia Civil indicam que a violência está num patamar e preocupa as autoridades da área de segurança pública.
No entendimento de policiais da DHPP, meses com mais de 30 assassinatos também contribuíram para o aumento do número de homicídios, pois a média em 10 meses foi de 32 assassinatos, mais de um por dia.
Os policiais destacam que não existe uma explicação plausível para o recorde de assassinatos na Grande Cuiabá, mas lembraram que cerca de metade das execuções tem como motivação o tráfico de drogas. “Tráfico de uma forma ou de outro, pois é sempre quando a vítima é usuária e não paga o traficante e acaba sendo executada ou mesmo briga entre viciados que se matam a pauladas, socos ou pedradas”, observou um policial.
O assassinato de um jovem em março deste ano, no bairro Araés, ilustra a execução por pancadas. Ele foi assassinado com várias pancadas na cabeça e também esganado com as mãos até a morte. Os criminosos ainda arrastaram o cadáver e o jogaram no córrego do Sargento, no bairro Araés, em Cuiabá. O local é freqüentado por usuários de drogas.
A lista se completa com crimes de acerto de contas, crimes de mando – onde aparece o pistoleiro e o mandante – e também o crime passional (motivado por paixão).
Comentários